Orixás Regentes 2014

Bom dia irmãos de fé. Que Olorum vos abençoe. Hoje venho falar um pouco sobre os Orixás que iram reger o ano de 2014.

O ano de 2014 será um ano de muitas mudanças, pois será regido por Iansã e Xangô, Orixás tidos como casal dendê. Iansã vem trazendo suas tempestades e também as brisas suaves, já Xangô reinando fortemente sobre a política, trará mudanças radicais nesta área. Portanto a dica para o sucesso em 2014 é ser justo e esperar sempre pelo bom tempo que Iansã irá proporcionar aos justos e aos que buscam pela justiça. Esses dois Orixás formam um casal perfeito.
Será regido também pelo planeta Jupiter, planeta que tem as vibrações de Xangô. O primeiro dia do ano é Quarta-feira, dia em que vibra Xangô e Iansã.

XANGÔ
DIA: Quarta-feira
CORES: Vermelho e Branco
SAUDAÇÃO: Kaô Kabiesilê
SÍMBOLO: Oxé (Machado de duas lâminas).

IANSÃ
DIA: Quarta-feira
CORES: Marrom avermelhado - Vermelho forte
SAUDAÇÃO: Epahey Oyá
SÍMBOLO: Chifre de Búfalo, Eruesim (Objeto confeccionado com o rabo do cavalo)

Mas o ano não será regido apenas por esses dois Orixás, terá uma forte influencia dos Orixás Oxossi e Logum Edé, trazendo muita Prosperidade e Amor em todo o decorrer de 2014.

Seja justo e paciente em todas as situações.

Ossaim recusa-se a cortar as Ervas


Orunmilá, que era um Babalaô muito procurado por doentes, interessou-se então pelo  poder curativo das plantas e ordenou que Ossaim ficasse junto dele nos momentos de consulta, que o ajudasse a curar os enfermos com o uso das ervas miraculosas. E assim Ossaim ajudava Orunmilá a receitar e acabou sendo conhecido como o grande médico que é.

Ossaim era o nome de um escravo que foi vendido a Orunmilá. Um dia ele foi à floresta e lá conheceu Aroni que sabia tudo sobre as plantas. Aroni, o gnomo de uma perna só, ficou amigo de Ossaim e ensinou-lhe todo o segredo das ervas. Um dia, Orunmilá, desejoso de fazer uma grande plantação, ordenou a Ossaim que roçasse o mato de suas terras. Diante de uma planta que curava dores, Ossaim exclamava: "Esta não pode ser cortada, é a planta que cura as dores".


 
Diante de uma planta que curava hemorragias, dizia: "Esta estanca o sangue, não deve ser cortada".  
Em frente a uma planta que curava a febre, dizia: "Esta também não, porque refresca o corpo". E assim por diante.  

FONTE: Livro Mitologia dos Orixás, Reginaldo Prandi.

Respeito e Humildade

Bom dia caros irmãos, hoje venho escrever um pouco sobre compromisso e respeito dentro do Axé!

Muitas vezes depositamos confiança em pessoas que acreditamos serem capazes de crescerem e levar o nome de nossa nação, o nome do Ilê que construimos com muita fé, batalhas travadas de várias maneiras, tijolos colocados um a um, vemos através de palavras e gestos serem negados. Muitas vezes nos decepcionamos com as pessoas, pois o que elas mostram não é o que realmente seu íntimo e seu coração desejam.

Orixá é força da natureza, é força viva dentro do ser humano, é a força de nossa fé que nos mantém vivos e esperançosos em construir um mundo melhor, não um brinquedo que uma criança usa e após ir crescendo vai deixando ali de lado, esquecido. Orixá é a mais singela e humilde gota de suor que escore pela nossa face, quando nos dedicamos o dia todo para louvá-lo com amor, fé, dedicação e muita humildade. É além de tudo a Força que nos impulsiona e nos leva aos pés de um Ser Supremo que nos ama incondicionalmente, parte inseparável de Olorum.

Em alguns momentos fraquejámos, pois somos carne, somos humanos, mas o Orixá está ali nos sustentando para que possamos nos erguer e seguir nossa missão de levar a bandeira do Orixá como nosso escudo.

Será que realmente nos estamos dando o máximo de nós para o Orixá?
Será que vale a pena nos dedicarmos tanto para sermos julgamos por quem não tem valor nenhum perante ao Orixá? Eu digo e afirmo, sim, todo esforço e dedicação é válida, pois o Orixá sabe qual o melhor caminho para seus filhos trilharem.

Se você não está convicto de que é o caminho do Orixá que quer seguir, pense antes de qualquer coisa, se você vai mesmo se dedicar, respeitar seus mais velhos, dar o melhor de si, mesmo estando cansado das lutas diárias, das provações que nunca se extinguem, dos tropeços e injustiças, só então decida se é ao Orixá que vai entregar sua vida, para que Ele corrija de acordo com o nosso merecimento aquilo que eu sozinho não consigo consertar.

Aqui deixo minhas palavras para que reflitamos juntos. Saibamos fazer nossas escolhas e gastar tempo com quem realmente merece, pois o Orixá merece nossa total dedicação.

"Quem não ajoelha para aprender jamais ficará de pé ensinar!"

Que Pai Oxalá possa iluminar as nossas mentes e que Odé traga sua prosperidade para nossas vidas, e que Mãe Iansã possa trazer as brisas suaves para nossas tempestades.
Motumbá e Kolofé meu Pai Odé!

Maria Padilha da Encruzilhada

Maria Padilha, Rainha da Encruzilhada, uma rosa perfumada, em que tenho fé tanta fé,
das Pombas Gira a mais bela da Umbanda, vencedora de demandas, seu feitiço tem axé.

Maria Padilha você é tão gloriosa, é a coisa mais formosa e que só pratica o bem.
Oh, Pomba Gira, mulher rica e faceira, você é a flor perfeita que a nossa Umbanda tem.

Dona Padilha eu lhe peço com carinho, ilumine os caminhos onde eu vou caminhar.
Dona Padilha tire todos os espinhos, espante meus inimigos, dando o seu gargalhar.

É minha rainha, ela é Pombo Girê, anda sempre do meu lado só para me proteger - 2x


Adjá na Umbanda

Bom dia amados irmãos de fé!

Hoje venho trazer um texto que poderá tirar a dúvida de muitas pessoas, sobre o uso do adjá dentro da Umbanda. 
Já que a Religião de Umbanda nasceu no Brasil mas bebeu de várias outras religiões como Candomblé, Catolicismo, Espiritismo e também da cultura indigena e europeia, enfim foram os melhores valores dessas religiões que deram inicio a Umbanda.

Deixo saber também que este é o meu ponto de vista e que cada um tem o livre arbitrio de professar e cultuar sua fé da forma que achar correto ou que lhe foi orientado.

Boa leitura a todos!

Abraços fraternos e muito Axé a todos.


Na Umbanda o adjá é utilizado em vários momentos,no desenvolvimento mediúnico,quando se prepara o amaci,a oferenda para os Orixás.Só pode ser usado pelo Dirigente Espiritual ou por alguém de extrema confiança do Dirigente.
Campainha desbloqueadora de campos mentais,ao ser tocado saem faíscas e raios,é propagador de energias,e pode ser usado para abençoar os filhos,fazer a limpeza das energias do Congá.
Geralmente o adjá é feito em 3 tipos de material:Latão,Aço e Cobre.
No Desenvolvimento Mediúnico quando tocado próximo ao médium que está se desenvolvendo faz com que o Orixá ou Guia Espiritual se aproxime mais da incorporação,fazendo com que o médium adormeça o mental,deixando tosos os pensamentos de lado e se conectando com o Astral Superior,também é utilizado para decantar energias nocivas ao médium.
No Amaci e nas Oferendas serve para concentrar a energias dos Orixás.
Pode ter de 1,3,5 ou 7 campainhas e é Consagrado ao Orixá de Cabeça do Dirigente Espiritual,quem determina quantas sinetas são os Guias Chefe do Terreiro.
Adjá para cada Orixá:
Pai Oxalá - Prata Mãe Oiá - Logunan -Prata. Mãe Oxum - Cobre.` Pai Oxumarê - Cobre Pai Oxóssi - Latão(amarelo) Mãe Obá - Branco. Pai Xangô - Cobre. Mãe Yansã - Latão(dourado) Pai Ogum - Prata Mãe Egunitá - Cobre Pai Obaluaiê - Prata Mãe Nanã Buruquê - Prata. Mãe Yemanjá - Prata. Pai Omulú - Prata
Texto:Davi P.Bucheb.
O adjá é um instrumento folclórico afro-brasileiro, idiofone, espécie de campainha de metal, simples ou dupla, também conhecido por campa ou sineta.

Usado no candomblé da Bahia e, com o nome de xere, no xangô de Pernambuco, tem a função de invocar os orixás, chamar os crentes para o ritual de “dar comida” ao santo, ou para reverenciá-lo, além de acompanhar as danças e os toques de atabaque; o mesmo que já.
Ainda nos candomblés da Bahia, designa um instrumento formado por duas campas, com seixos ou sementes no interior, ligadas por um cabo de metal; o mesmo que maracá.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Uso de Ferramentas pelos Guias Espirituais

Muitos guias espirituais usam ferramentas para absorver energias condensadas, atrair ou projetar ondas vibratórias, descarregar os médiuns e os consulentes de energias negativas, etc.

Para muitos que desconhecem os fundamentos da Umbanda, para os que estão iniciando na religião ou mesmo para aqueles que estão apenas visitando um terreiro para tomar um passe, as ferramentas utilizadas pelos guias aparentam ser apenas adereços e símbolos para chamar a atenção e tornar o ritual cheio de pompas.
Mas tudo na Umbanda tem sua razão de ser e existir. Nada é por acaso.
Antes de explicar para que servem as ferramentas utilizadas pelos guias espirituais, vamos conhecer algumas:

  •   Pretos Velhos: cachimbo, bengala, rosário, terço, figa, crucifixo, lenço, xale, chapéu de palha, cigarro de palha, etc.
  • Exu: tridente, corrente, marafo, charuto, cigarro, capa, cartola, guias de aço, etc.
  •   Pombo Gira: batom, cigarrilha, anéis, colares, saias, lenços, jóias, etc.
  • Caboclos de Oxossi: penachos, cocares, arco e flecha, charuto, cuia, etc.
  • Caboclos de Ogum: lança, espada, elmo, espada de São Jorge ou Ogum, etc.
  • Caboclos de Xangô: oxé (machado de pedra de duas pontas), pedras, charuto, etc.
  • Baiano: chapéu, cigarro de palha, badulaques, coco verde, facão, etc.
  • Marinheiro: boné branco, copo com pinga, cigarro, cordas, etc.
  • Boiadeiro: chicote, chapéu, cinto, lenço, etc.
  • Cigano: baralho, lenço, incenso, pedras, jóias, almofadas, etc.
  • Erês: brinquedos, bexigas, doces, bebidas, óculos coloridos, bonés, saias, etc.
Há outras linhas de trabalho nos terreiros, por isso enumeramos as mais conhecidas com apenas algumas ferramentas que cada uma delas utiliza, cada qual com sua devida utilidade não servindo apenas como mero adereço, como um batom, por exemplo.
Para que servem as ferramentas?
Algumas ferramentas como chapéus, cocares, capas, saias, etc., servem como proteção ao médium girante; outras como bengalas, tridentes, espadas, flechas, etc., servem como um meio para descarregar o médium ou o consulente; e há também as ferramentas como incenso, jóias, pedras, coco verde, doces, bebidas, etc., que servem para atrair e carregar o médium girante com energia positiva, ajudando no seu fortalecimento, equilibrando-o e acalmando-o.
Não há uma regra com relação à função de cada ferramenta, pois os guias utilizam a mesma ferramenta para diversos usos, dependendo de sua vontade e do objetivo que ele quer atingir, como por exemplo, a bengala do preto velho pode descarregar o médium, mas também pode servir como meio para atrair energia positiva e carregar o médium.
Como são utilizadas as ferramentas?
Cada guia espiritual utiliza a ferramenta de acordo com seu fundamento e axé e há variação no uso ou no tipo de ferramenta até mesmo entre guias de mesma linha - como a linha de caboclos Pena Branca, onde um caboclo pode utilizar um cocar e outro utilizar apenas uma cuia com água e mel. O médium girante também influencia na escolha da ferramenta, pois o seu corpo é um transmissor e receptor de energias, mas a facilidade por onde “entra e sai” energia do seu corpo (que pode ser através das mãos ou dos pés ou da cabeça ou do tronco, etc.) é o que ajuda o guia a definir qual ferramenta utilizar.
Para fazer o uso das ferramentas iremos descrever - com linguagem humana - como um (a) preto (a) velho (a) faz uso das mesmas:

I. Chapéu de palha, lenço, xale, etc.
a. Energia positiva: atrai bons fluídos e energia para a coroa do médium.
b. Energia negativa: protege a coroa do médium de vibrações negativas que estão no ambiente e ainda não foram processadas durante o ritual.
II. Cachimbo, cigarro de palha, cigarro, etc.
a. Energia positiva: o odor do fumo sendo queimado atrai bons fluídos ao médium e ajuda na concentração.
b. Energia negativa: queima os miasmas do corpo do médium e dos consulentes.
III. Rosário, terço, figa, crucifixo, guia de contas, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina para ser repassado ao médium ou aos consulentes. Também serve como meio para o médium se concentrar no trabalho do guia.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando a ferramenta é jogada ao chão ou quando ela quebra.
IV.    Bengala, espada de Ogum, lança de Ogum, galho de guiné, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina para ser repassado ao médium ou aos consulentes.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando a ferramenta é batida no chão.
V. Comidas e bebidas como café, bolo de fubá, mandioca, arroz, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina para ser repassado ao médium ou aos consulentes.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando descartado (cuspido) no “cuspidor”.
VI. Tapete de folhas, tapete de palha, chinelo de palha, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina localizado no congá para ser repassado ao médium ou aos consulentes.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando o guia bate os pés e ou as mãos contra a ferramenta ou contra o chão.

Para deixar bem claro, quem direciona o tipo de energia, positiva ou negativa, para a ferramenta é o guia espiritual, pois é ele que está visualizando o excesso ou a falta dessas energias, é ele que sabe como manipular essas energias, sem afetar o médium ou o consulente.

Mas quem é que define as ferramentas que os guias utilizarão nos trabalhos?
Os próprios guias!

Por mais “legais e belas” que achamos algumas ferramentas, e até gostaríamos de presentear nossos guias, somente os guias é que pedirão, ou não, as ferramentas. Somente os guias é que sabem quais as ferramentas que eles mesmos utilizam e se são ou não necessárias. Há casos em que alguns terreiros proíbem o uso de ferramentas pelos guias, mas é claro que os guias sabem dessa “proibição” e por isso, manipulam as energias de outras maneiras, reforçando o direcionamento das energias para assentamentos ou para o altar, por exemplo.
           
E se o médium girante quiser presentear um guia espiritual com uma ferramenta? E se um consulente presentear o guia espiritual de um médium com uma ferramenta?
Quando decidimos presentear um guia espiritual que trabalha conosco, através do uso de nossa mediunidade, o melhor que se tem a fazer é perguntar para ele (ou pedir para que outra pessoa pergunte para o guia) se o presente será útil ou será uma coisa para atrapalhar. Acredite: se o guia precisar de uma ferramenta ele pedirá ao médium ou ao cambone do médium girante, e às vezes, o que chamamos de “intuição”, como num caso desses, pode ser apenas uma “vaidade” de nossa parte. Todo cuidado é pouco.
Se um consulente resolve presentear o guia espiritual devemos ter em consciência o seguinte caso: a consulta com o guia espiritual é gratuita, logo um presente pode caracterizar, indiretamente, como pagamento por um “serviço bem feito”. A vaidade do médium também pode ser exacerbada com este ato. O procedimento neste caso é: alertar para que os consulentes não ofereçam presentes aos guias espirituais, mas caso aconteça, o consulente deve oferecer o presente diretamente para o guia que saberá o que fazer com o presente.

E para finalizar este texto, uma dúvida de muitas pessoas é: uma guia de contas estourou durante a gira, isso foi descarrego?
Sim e não. Sim se o médium estava muito carregado negativamente e a única ferramenta que estava em seu poder era a guia de contas, daí, em decorrência do excesso de energia ela pode estourar. Porém não é sempre que uma guia de contas estoura em decorrência do excesso de energia. O médium constantemente molha a guia de contas em banhos de firmeza, amaci e até mesmo com o próprio suor. Alguns colocam as guias para energizar com a luz solar ou com a luz lunar. Esse processo de molhar e secar a guia por diversas vezes faz com que o fio de nylon da guia de contas não suporte tanta variação e quebre, e claro, como o médium só utiliza a guia de contas em dias de gira, é nesse momento que vai haver o “estouro” da mesma, e isso não é descarrego.
 
Por: Newton Carlos Marcellino
Email: newton.utf@gmail.com
Blog: http://umbandatemfundamento.blogspot.com

Os Segredos de Enin

Bom dia queridos leitores e irmãos de fé.
Hoje trago um texto lindo que encontrei na internet é de autoria de Babá Diego de Odé.

Nasci no brejo gelado e fui arrancada pela mão forte de um mulato
Fui posta ao sol, onde sequei, fui arrumada e amarrada
E agora Taboa já não me chamava

No mercado repousei ao lado de ervas frescas
Meu nome agora era Esteira
Valia pouco, mas logo fui levada

Senti a água fria
O sangue quente
E as lágrimas salgadas

Ouvi o paó que rompia a madrugada
Ouvi o som do adjá
Ouvi o bater forte do coração

Apoie o medo do desconhecido
Apoiei cabeças raspadas
E cuidadosamente pintadas

Sobre mim repousam homens
Sobre mim repousam deuses
Sobre mim repousam a vida e a morte

Fui Taboa
Virei Esteira
E eternamente serei Enin

- Babá Diego de Odé -

Mês dos Pretos Velhos

Bom dia!

Muito axé e que nosso Amado Pai Oxalá possa nos iluminar sempre.

Hoje estou trazendo para meus estimados irmãos um texto sobre os nossos psicólogos da Umbanda, os Pretos Velhos, que com sua sabedoria imensa nos confortam o espírito.

Neste mês tão querido por todos, a Umbanda dedica aos Pretos Velhos.
Trazidos da Africa para o Brasil, os negros foram escravizados em nossas terras, junto com os índios que aqui já habitavam e que nossa História nos conta, embora de certa forma errada, mas mostra um pouco de nossa Amada Terra de Vera Cruz.
Passaram por muitos sofrimentos, angustias que serviram de expiação para que pudessem evoluir espiritualmente e hoje estarem em um grau evolutivo em que podem vir até nós através da faculdade mediúnica de incorporação nos dar seus sábios conselhos e nos receitar um bom banho de ervas.

Geralmente nas giras de Pretos Velhos podemos sentir o amor, a paciência, a humildade dentro de nossos corações, pois esses espíritos de grande evolução conseguem nos contagiar com esses sentimentos maravilhosos que a cada dia deve está presentes em
nossas vidas, pois com o exemplos que tivemos desses seres de luz, podemos também refletir e evoluir de acordo com as nossas provações e expiações que nós mesmos escolhemos antes de nossa reencarnação nesta veste carnal que muitas vezes predominam os sentimentos e desejos mundanos. Mas somos humanos e ainda estamos muito ligados a esses desejos.

Bom mais não é de encarnação, muito menos de desejos e sentimentos que vim postar hoje e sim dos nossos queridos Pretos Velhos.
Os Pretos Velhos foram espíritos escolhidos por Zambi e Oxalá e hoje veem em nossos terreiros trazendo consigo a paz, a humildade, o amor, a compreensão e nos ensinando a importância do amor ao próximo e a pratica da caridade, pois só assim podemos evoluir rumo ao Pai Supremo.

Nos fundamentos de nossa casa, temos o dia 13 de Maio a comemoração dos Pretos Velhos, é um mês de muita alegria, por ser também o mês dedicado a Maria mãe de Jesus de Nazaré, onde também o cultuamos com o nome de Oxalá, Orixá de grande força e luz, não que os outros Orixás não a tenham, mas porque Oxalá é o primeiro filho do Divino e Supremo Pai Olorum.

Os Pretos Velhos não gostam de luxo, apreciam e pedem para que seus aparelhos (médiuns), se vistam com simplicidade e de preferencia roupas brancas, usando suas contas de lágrimas de Nossa Senhora ou miçangas, e, muita disposição de seus médiuns para ajudar a quem precisa. Atuam no campo da cura, aliviando dores passando banhos e defumações. Também usam ervas como guiné, arruda, manjericão, alfazema, o fumo, vinhos, cachaças, mel, velas, rosários e crucifixos.

Esses espíritos pertencem a Linhas das Almas e a vibração de Pai Omulu, embora alguns trabalhem na vibração de outros Orixás.

Ao encorporarem em seus médiuns assumem uma postura mais ou menos de pessoas idosas, geralmente curvados para mostrarem a sua humildade.

Em nosso terreiro temos o Preto Velho Pai José de Aruanda como Guia Chefe da casa, onde atua nos campos da cura, desenvolvimento de novos filhos, trabalhos de descarrego  embora em muitos terreiros de Umbanda o desenvolvimento fique a cargos dos Caboclos.

O dia da semana dedicado aos Pretos Velhos é a Segunda Feira, as linhas de trabalhos é no campo da transformação, transmutação e evolução, as cores são sempre o preto e branco, gostam de beber café sem açúcar  cachaça, vinho. Adoram comer bolo de milho, pamonha, pipoca, bolo de fubá, tutu de feijão, mandioca frita, tapioca, rapadura, enfim tudo que está ligado a cultura das antigas fazendas.

Espero ter ajudado no estudo e na compreensão de todos com relação aos nossos queridos Pretos Velhos.

Oxalá abençoe a todos!
Motumbá e Axé!

Texto para Reflexão.


Olá meu irmãos. hoje venho trazer um texto maravilhoso para reflexão.
Encontrei em um blog e achei muito interessante.
Boa leitura a todos. Que Olorum ilumine a todos nós.
Axé.

Um dia na espiritualidade superior, alguns espíritos se reuniram e sonharam com um local onde o amor, a fé, a caridade e a humildade fossem os pilares de um lindo trabalho espiritual.
Um trabalho voltado ao amor ao próximo e a caridade.
E assim surgiu a nossa linda e sagrada Umbanda.
Os nossos mentores e nossas guias espirituais conspiraram para que tudo desse certo.
Reuniu algumas pessoas na terra com os mesmos ideais.
Trabalharam firme para que estas pessoas se encontrassem e assim colocando em prática o que antes era ainda um sonho.
Uma pena que algumas das pessoas escolhidas desviaram-se do caminho tão lindamente preparado.
E exercem uma "Umbanda" tão diferente da que fora sonhado.
E mais errados são aqueles que "usam" o nome dos nossos tão queridos guias para dizer aquilo que pensam.
Sempre negando a verdadeira realidade.
E continuam praticando rituais mentirosos e falsas ideologias.
Muitas vezes me pego pensando, no que me levou a ser Umbandista!
E nos últimos tempos isto tem sido mais constante!
Devo confessar que todos os dias, tenho muitas alternativas, até mesmo a alternativa de mudar.
Mas invariavelmente chego sempre a mesma conclusão.
Sou umbandista por que amo esta religião, e ela me permite praticar o bem, ajudar quem realmente precisa.
Ela me fez crescer e aprender a amar a vida. E me ensinou a enxergar o mundo de uma forma diferente,
Alargando meus horizontes, não me deu riquezas materiais, mas me deu paz, me deu compreensão.
Trouxe acalento nas horas mais dolorosas, me fez conhecer muitas pessoas.
Algumas que já passaram outras ainda estão presentes em minha vida. E olha que outras eu nem conheço pessoalmente.
Aprendi como princípios básicos desta religião o amor, a fé, a humildade e a caridade.
Foi a Umbanda com estes princípios que aprendi a amar.
Aí de repente eu vejo pessoas que contrariam todas essas práticas quase centenárias da Umbanda.
E é tão triste contrariar as leis de Olorum .
Por isso chora minha mãe Oxum.E assim rezo:
- Oxum lava meus olhos, Oxum lava a minha alma, Oxum mãe das águas, lava o meu coração, Oxum flor das águas, lava o meu coração, que a enxurrada de suas águas tome conta de mim, e leve minhas mágoas!
Que assim seja!


Este texto foi escolhido para pedir humildemente a cada um que se propõe a vestir o branco e ser chamado (a) de médium que valorize esta tarefa. Ela é muito importante em sua vida e na das pessoas que procuram você e as Entidades que o acompanham.
Que Oxum não precise chorar mais... Que nenhum Orixá seja preterido e que acima de tudo possamos honrar a nossa Religião: Umbanda.
Sua presença foi e será sempre importante. Afinal podemos ser substituível aqui, mas  podemos tornar nossa tarefa inesquecível.
Mãe Guida
26/03-2012

Quando as Diferenças são Humanas e não Divinas


Bom dia meus amados irmãos de fé. Hoje venho trazer pra vocês um texto de meu irmão Babá Diego de Odé (Oxossi), para que possamos refletir juntos sobre as mudanças, as diferenças que ocorrem no decorrer de nossa jornada junto aos nossos irmãos no santo.
Muitas vezes não nos damos conta, nem ao menos paramos para pensar antes de tomar qualquer atitude, sem perceber que algumas dessas ações podem ou não influenciar diretamente ou indiretamente em nossa realidade espiritual e física.


"Hoje estive pensando na vontade do Orixá, onde muitas vezes agimos por conta própria e não pela permissão de nosso santo, mas mesmo quando caminhamos por uma estrada diferente, ainda sim o Orixá está do nosso lado e nunca é tarde para tentar reparar os erros do passado e olhar para frente, o melhor perdão é aquele que reforça a consciência e nos faz melhor.

Um exemplo que não é visto, mas é sentido é quando eu entro no quarto de santo e noto ainda a presença do Orixá de algumas pessoas que já não fazem parte do axé, como explicar o fato do filho ir, mas o axé do seu santo continuar na casa? Acredito que isso significa que as diferenças são humanas e não divinas, o fato do filho seguir outra estrada, não quer dizer que seu Orixá não irá ajuda-lo, mas sim que ele não concorda com o afastamento do lugar que o tratou bem, que cuidou e seu axé não tem porque se revoltar e deixar o ilê axé.

Religião tem o papel de orientar sua fé e te fazer melhor, por isso peça ao seu coração que te mostre o caminho e se a saída for retornar e resgatar o passado e voltar para sua família, porque não! Estamos nesse mundo para errar e aprender com os nossos erros, se tivermos nobreza e coragem suficiente para isso, o nosso próprio Orixá fará o resto."


Babá Diego de Odé


Historia de Maria Padilha do Cabaré

Nome que significa Rainha do Fogo, Maria Padilha já teve várias encarnações na Terra, e a última delas foi em Ilhéus na Bahia. Nesta sua última encarnação, ela era uma espanhola que veio para o Brasil morar em Ilhéus na Bahia e foi morta na porta de um cabaré. Todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade.
Entre mitos mais variantes que revelam alguma qualidade a característica especial desta mulher, o que servirá nos terreiros como apoio é o segundo nome que acompanhará o primeiro. Recebe outros apoios que alguns podem pensar que se trata de outra Pombagira,

mas na realidade é ela: "Rainha dos Infernos", "Rainha do Candomblé", "Rainha das Marias", "Rainha das Facas", "Mulher de Lucifer", "Rainha da Malandragem", "Rainha dos Ciganos", etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade busca elogiar a entidade e transmitir uma maior intimidade.
Pomba Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pombagiras. Às vezes ela é chamada de "rainha sem coroa", e isso certamente se refere à Maria histórica, que era a rainha do coração de D. Pedro, mas negou que as suas propostas repetidas para o casamento,preferindo a sua independência durante sua estada na corte. Este também descreve um certo tipo de mulher, aquele que exige respeito, e cujo comportamento é real, mesmo se ela é pobre ou da classe trabalhadora. Maria também é um exemplo perfeito de como "espíritos novos" nascem: lendas cresceram em torno da mulher real, que tinha uma reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas em Espanha e Portugal estavam usando seu nome e chamando seu espírito para ajudar los em suas magias.
Tem predileção - igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer) - pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado. Como toda pomba gira, possui numerosos amantes ou parceiros, com os quais pode "adjuntar-se" ou "trabalhar", sendo essa parceira que protegerá a determinada pessoa.
Cabe esclarecer que nem sempre se formam os mesmos parceiros, pois os mesmos dependeram da morada onde trabalhe a Pomba Gira e o que indique o ponto riscado ou firma espiritual. Apresenta-se sob a aparência de uma formosa mulher, de longos cabelos negros, pele morena (as vezes mais clara e as vezes mais escura), sua idade e físico variam também de acordo com o tipo de caminho ou passagem desta Pomba Gira, pois existem passagens jovens e velhas, sendo igualmente atrativas em qualquer de suas passagens, isto ocorre com todos os Exús de quimbanda, não importando a idade que apresentem, pois tem o dom da sedução.
Ela gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, das jóias, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e da música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento. Seu porte é altivo, orgulhoso, magestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada. É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, amarrar parceiras, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacavel poder na questão de demandas.

Clara Nunes - Afoxé para Logun





Menino caçador
Flecha no mato bravio
Menino pescador
Pedra no fundo do rio


Coroa reluzente
Todo ouro sobre azul
Menino onipotente
Meio Oxóssi, meio Oxum



Menino caçador
Flecha no mato bravio
Menino pescador
Pedra no fundo do rio



Coroa reluzente
Todo ouro sobre azul
Menino onipotente
Meio Oxóssi, meio Oxum

Eh..., quem é que ele é?

Ah..., onde é que ele está?
Axé, menino,axé!
Fara Logun, Fara Logun, Fá
Axé, menino,axé!
Fara Logun, Fara Logun, Fá


Menino, meu amor
Minha mãe, meu pai, meu filho
Toma teu axoxô
Teu onjé de coco e milho



Me dá do teu axé
Que eu te dou teu mulucum
Menino, doce mel
Meio Oxóssi, meio Oxum


19 de Abril, dia de Logun Edé

Bom dia caros irmãos.

Que Nosso Amado Pai Oxalá possa nos iluminar, trazendo-nos a sua paz, cobrindo-nos com seu manto branco.
Hoje Sexta-Feira 19 de Abril, dia do Índio, muito comemorado, principalmente para nossas crianças, onde se vestem  caracteristicamente. 
Dia de um Orixá muito cultuado no Candomblé, Logun Edé, o menino caçador que mora na beira do rio. Sua beleza, herdada de sua mãe Oxum e sua rapidez, essa herdada de seu Pai Oxossi, nos contagia, trazendo muito axé para nossas casas e para nossas vidas. Abaixo deixo um texto do Blog O Candomblé, este riquíssimo  muitas informações, para quem busca conhecer e estudar a cultura de nossas religiões afro.


DIA: Quinta-feira
CORES: Azul-turquesa e Amarelo-ouro

SÍMBOLOS: Balança, Ofá, Abebè e Cavalo-marinho
ELEMENTOS: Terra (floresta) e Água (de rios e cachoeiras)
DOMÍNIOS: Riqueza, Fartura e Beleza
SAUDAÇÃO: Logun ô akofá!

*Aqui abro um parentese sua saudação também pode ser Loci Loci Logun Edé, é a que usamos em nosso terreiro para saudar Logun Edé.

Logun Edé (lógunèdè) é o orixá da riqueza e da fartura, filho de Oxum e Oxóssi, deus da guerra e da água. É, sem dúvida, um dos mais bonitos orixás do Candomblé, já que a beleza é uma das principais características dos seus pais.
Rei de Ilexá,caçador habilidoso e príncipe soberbo, Logun Edé reúne os domínios de Oxóssi e Oxum e quase tudo que se sabe a seu respeito gira em torno de sua paternidade.
Apesar de sua história, é preciso esclarecer que Logun Edé não muda de sexo a cada seis meses, ele é um orixá do sexo masculino. Sua dualidade se dá em nível comportamental, já que em determinadas ocasiões pode ser doce e benevolente como Oxum e em outras, sério e solitário como Oxóssi. Logun Edé é um orixá de contradições; nele os opostos se alternam, é o deus da surpresa e do inesperado.
Na Nigéria, a cidade de Logun Edé chama-se Ilexa e é uma das mais ricas e prósperas da África, anualmente fazem encontros com vários festivais vindo pessoas de toda as partes da África.
Na África negra, dizem que Logun Edé seria na verdade Ólògún Ode – o guerreiro caçador – o maior entre todos os caçadores, pai de todos eles, inclusive de Oxóssi. E se observarmos a cantiga de Oxóssi, veremos que expressão Omo ode, ou seja, filho do caçador, é constante, podendo inferir certa lógica nas histórias contadas pelos africanos, como também sua ligação com Ogun.
Oxum Yéyé Ipondá e Odé Erinlé Ibò, respectivamente, as qualidades de Oxum e Oxóssi que se consideram os pais de Logun Edé.
A história revela que Oxóssi, feliz pelo filho vindouro, declarou a Oxum o seu amor e pediu a ela posse do menino:
- Oxum, por amor a você, quero que Logun Edé fique comigo, vou ensiná-lo a caçar. Comigo ele aprenderá os segredos da floresta.
Mas Oxum também amava Logun Edé e por maior que fosse seu amor por Oxóssi ela não poderia separar-se de seu filho então declarou:
- Logun Edé viverá seis meses com sua mãe e seis meses com o seu pai, comerá do peixe e da caça. Ele será Oxóssi e será Oxum, mas sem deixar de ser ele mesmo, Logun Edé: um príncipe na floresta e um grande caçador!
Características dos filhos de Logun Edé
Os filhos de Logun Edé possuem as características de Oxum, ou seja, narcisismo, vaidade, gosto pelo luxo, sensualidade, beleza, charme, elegância. Tem também características em comum com Oxóssi, ou seja, beleza, vaidade, cautela, objectividade e segurança.
No entanto, há características de Logun Edé que não pertencem nem a Oxum nem a Oxóssi. Na verdade, ele reúne o arquétipo de ambos, mas de forma superficial. A superficialidade é a marca dos filhos de Logun Edé, porque eles, ao contrário dos filhos de Oxóssi e de Oxum não têm certeza do que são nem do que querem. As qualidades de Oxum e de Oxóssi amenizam-se em Logun Edé, mas, em compensação, os defeitos são exacerbados. Dessa forma, os filhos de Logun Edé são extremamente soberbos arrogantes e prepotentes.
Mas algo não se pode negar: os filhos de Logun Edé são bonitos e possuem olho-de-gato, algo que atrai e repele ao mesmo tempo. São mandões, os donos da verdade, os mais belos, cujo ego não cabe em si. Melhor não lhes fazer elogios em sua presença, a não ser que queira ver sua imensa cauda de pavão abrindo-se em leque. Quando têm consciência de que conseguem controlar os seus defeitos, os filhos de Logun Edé tornam-se pessoas muito agradáveis.
Os filhos de Logun Odé não andam! Pairam sobre o ar!
Logun Edé pertence ao panteão dos caçadores, é único, não tem qualidade, por isso só pode existir um iniciado numa casa de candomblé.

* Comentário de Pai Edson D'Oxossi

Capacidade e Potencial

Bom dia!
Muito axé meus irmãos.

Hoje irei trazer um texto de minha autoria para que possam refletir. Boa leitura e que Pai Oxossi possa nos iluminar sempre.


O que trazemos dentro de nós?

O ser humano desde o inicio dos tempos vem evoluindo como pessoa e profissional. Cada dia que passa cresce o nosso potencial, crescemos em nossa comunidade, em nossa cidade, em nosso país, em nosso planeta.
Precisamos cada vez mais de aprendizado, buscamos coisas novas em todas as áreas, aprendemos com nossos erros, com os erros de outras pessoas, o importante para cada ser humano é crescer e evoluir na linha do tempo. Na religião, na profissão, como pessoa, enfim precisamos de crescimento.
A partir do momento que encontramos uma razão para viver, procuramos sempre melhorar-nos cada vez mais. Se alguém faz algo melhor que eu, com certeza, amanhã eu irei procurar fazer melhor que ela. E assim crescemos, melhoramos nosso potencial, nossas capacidades, isso é chamado de sucesso.
Desde que nascemos trazemos dentro de nós capacidades, que com a convivência e experiências de outras pessoas despertam para que nós possamos interagir junto com a sociedade.
No meu ponto de vista nós já nascemos com muitos conhecimentos, apenas estão adormecidos. No momento em que passamos a conviver com estes assuntos eles afloram fazendo com que nos tornemos bons em tudo que fazemos desde que este esteja guardado em nosso inconsciente, que por sua vez faz de nós bons como profissionais, pais, filhos, netos, enfim, bons em tudo ao nosso redor. 
 Pai Edson D’Oxossi

Ave Maria da Umbanda

Yemanjá venha abençoar este terreiro, paz em nossa direção, 
derrama Oxum o seu amor em cachoeiras de luz Obá tem sempre a nos atenção, renova a nossa fé sobre a direção de Iansã.
Egunitá a nos conduzir na lei de Oxalá, 
Nana Buruquê, Orixá sinhá ensina-nos a transmutar e ajuda-nos a conduzir as nossas vidas.
Oh mãe da Umbanda, derrama suas bênçãos sobre nós, 
iluminai este terreiro na fé dos sete tronos e dos quatorze pais e mais Orixás. 
Vem acalentar o coração dos sofredores, 
olhai por nós e abençoai a nossa Umbanda por todo o sempre. 
Façam nos reformar oh mães o nosso íntimo, 
conduz as nossas vidas Omulú.

Vergonha de dizer: Sou umbandista.


Olá meus irmãos!

Mais uma vez venho trazer um texto que encontrei na internet e achei que deveria compartilhar com vocês. Boa leitura a todos e o meu axé.

"Conheci a Umbanda muito novo, quando ainda nem tinha capacidade de discernir bem e mal. Frequentei terreiros por muito tempo sem conseguir ter acesso a nenhum fundamento teórico ou explicação do porque algumas coisas eram daquela maneira, sempre ouvindo a máxima “os guias sabem, e não devemos questionar”. Durante estes tempos, ouvi muita gente falando atrocidades, e eu, mesmo com pouco embasamento sobre o assunto, sempre procurei esclarecer e desmistificar aquilo que eu sabia, muitas vezes, usando as bases espíritas para fundamentar.
Hoje tenho a oportunidade de estar inserido em um outro cenário. Pratico e estudo a religião com maior envolvimento e amor. Não preciso mais buscar embasamento em outras vertentes, pois conheço bem aquilo que pratico e consigo me defender com maior propriedade. Porém, agora como um Umbandista declarado, vivencio diretamente os preconceitos que o desconhecimento e a ignorância debruçam sobre os praticantes daquilo que as aparências sociais ainda não consideram como “comum”.
Tudo bem que ninguém é obrigado a entender a religião alheia. Aceitar é o mínimo, mas sabemos que nossa sociedade não lida muito bem com o que desconhece. O que me magoa mais são os “irmãos” umbandistas que não se assumem e ainda, se necessário, criticam aquilo que praticam longe dos seus grupinhos sociais. Vejo isso presente muito perto de mim, e, infelizmente, isso é muito mais comum e sem tempo para acabar do que imaginamos…
O texto abaixo trata justamente disso, de uma situação que eu mesmo muito já vivenciei quando ainda não praticava a Umbanda, e hoje, dificilmente ficaria calado!
Se você tem vergonha daquilo que pratica, está traindo a você mesmo. Ninguém é responsável pela ignorância alheia, e muito menos necessita ser conivente com ela.
Axé!"

Texto de Frank Oliveira, publicado no Jornal de Umbanda Sagradaedição 137.

Não sou Umbandista, não gosto de “ismo”, nem toco em nenhuma banda, mas tenho um grande orgulho da Umbanda e de tudo o que aprendi e ainda aprendo com os Orixás e com os Mestres de Aruanda, por isso, se em alguma discussão sobre religião, ouço alguém falando mal da Umbanda, essa pessoa vai ouvir; afinal, todas as religiões merecem respeito e de intolerante, já basta a nossa ignorância em relação ao diferente, porém, é interessante que isso não ocorre com muitos dos seguidores dessa religião afro-brasileira, a maioria nega de pé junto que já pisou em um terreiro, ou seja, o preconceito começa com os próprios praticantes da religião.
Uma coisa é ouvir o preconceito vindo dos evangelistas de plantão que adoram falar mal de qualquer religião que não seja a “cristã” deles, porém, perceber esse medo bobo de assumir o que faz vindo dos seguidores dessa religião tão linda, sempre me deixou muito curioso.
Certo dia, estava conversando com alguns amigos, um deles, umbandista de pai e de avô, e a discussão começou a girar ao redor da palavra “macumba” e acabaram, naturalmente, associando com a Umbanda, e lá fui eu, explicar que as coisas não eram bem assim, como os nomes e significados foram distorcidos, e defendi aqui e ali, tudo o que aprendi com a Umbanda, esperando que esse meu amigo, entrasse na discussão e falasse sobre a sua experiência, mas ele permaneceu em silêncio durante toda a discussão.
Quando o pessoal foi embora, olhei para ele e falei:
- E aí, o que ocorreu?
Ele olhou para mim e falou:
- Nada! Eu só não gosto de falar para as pessoas o que eu faço ou no que eu acredito. Eles não tem nada a ver com isso.
- Você tem razão – respondi – Afinal, não precisamos ficar por aí, levantando a bandeira de nada, mas acredito que precisamos nos manifestar quando vemos pessoas falando besteira sobre algo que conhecemos bem. E não consigo ficar calado quando ouço as pessoas pregando algo contra a religião alheia.
- Não me leve a mal, Frank! – disse ele – Mas não quero que as pessoas me chamem de macumbeiro. Por isso, quando elas me perguntam que religião é a minha, sempre falo que sou católico, ou se o pessoal for mais cabeça, que eu sou espírita.
- Mas você vive dentro de um terreiro de Umbanda!
- Eu sei, mas não tenho coragem, nem força para assumir algo que sei que vou sofrer preconceito…é mais fácil apenas dizer o que eles querem ouvir.
Não disse nada, mais é por esse e por outros que a Umbanda continua sofrendo todo esse preconceito e continua sendo considerada uma outra seita, dessas de fundo de quintal, que só existem para fazer o mal.
E a diferença entre seita e religião, queridos leitores, é o preconceito que cada uma carrega.

Casamento na Umbanda

Ao contrário do que muitos pensam, a Umbanda é uma religião e não uma seita. É uma religião brasileira. E como em toda religião, na Umbanda também não seria diferente, temos o ritual de Casamento, e como qualquer outra religião, é válido.
Não é preciso nenhum estudo profundo em teologia para falar do casamento na Umbanda.
Casamento é o ato solene de união entre duas pessoas com legitimação religiosa e/ou cívil.
Depois desta definição podemos dizer que cabe a liberdade de consciência e crença religiosa.

Na Constituição Federal temos:

Art. 5º. - Todos são iguais perante a lei, sem distição de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias.

Com base na Constituição Federal podemos falar sobre o casamento.

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§2° - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. 

No Código Cívil brasileiro temos:

Art. 1.1511. O Casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres cônjugues.

Art. 1.515. O Casamento religioso, que atender ás exisgências da lai para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde registrado no registro próprio, produzindo efeitos a apartir da data de sua celebração.

Art. 1.516. O registro do casamento religioso subemete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.

Sem dúvidas o ritual de casamento feito na Umbanda é válido como qualquer outro.
Na Lei de Registros Públicos vemos:

Art. 71. Os nubentes habilitados para o casamento poderão pedir ao oficial que lhe forneça a respectiva certidão, para se casarem perante autoridade ou ministro religioso, nela mencionando o prazo legal de validade da habilitação.

Art. 73. No prazo de trinta dias a contar da realização, o celebrante ou qualquer interessado poderá, apresentando o assento ou termo do casamento religioso, requerer-lhe o registro ao oficial do cartório que expediu a certidão.

§1º. O assento ou termo conterá a data da celebração, o lugar, o culto religioso, o nome do celebrante, sua qualidade, o cartório que expediu a habilitação, sua data, os nomes, profissões, residências, nacionalidades das testemunhas que o assinarem e os nomes dos contraentes.

§2º. Anotada a entrada do requerimento o oficial fará o registro no prazo de vinte e quatro horas.

§3º. A autoridade ou ministro celebrante arquivará a certidão de habilitação que lhe for apresentada, devendo, nela, anotar a data da celebração do casamento.

Analisando tudo isso fica claro que um ritual de casamento realizado na Umbanda é válido.
A Umbanda nasceu da miscigenação e do sincretismo religioso. 

Umbanda! Uma religião brasileira!

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