Orixá Oxossi



Bom dia povo do santo.
Caros irmãos hoje vou falar um pouco do Orixá da caça, senhor Oxossi.

Oxossi tem muitas qualidades, cada uma cheia de fundamentos diferentes.
São qualidades de Oxossi:
  • Oxossi Dana Dana ligado a Exu, Ossãe, Oxumarê e Oyá;
  • Akueran tem fundamentos com Oxumarê e Ossãe;
  • Arolé é invocado no Padê, ligado a Ogun e Oxum, jovem caçador;
  • Gongobila é muito jovem, tem ligação com Oxalá e Oxum
  • Inlé ou Erinlé filho de Oxaguian e Yemanjá, usa branco em homenagem ao Pai;
  • Karé é ligado as águas, come com Oxum e Oxalá;
  • Mutalambo tem fundamentos com Exu.
Entre muitas outras qualidades, que depende muito da casa e da nação que está cultuando Oxossi, também muito chamado pelos adeptos da religião de Odé.

Vou falar um pouco mais de Odé Arolé que é um dos mais belos tipos de Oxossi, é um verdadeiro rei de Kêto, propicia a abundância e a fartura. 
Seus filhos são antipáticos, vivem olhando-se nos espelhos, nas águas admirando sua beleza. Gostam de namorar, são românticos e adoram manter-se sempre jovens, são calculistas, mas esquecem tudo com muita facilidade. Gostam de ajudar, mas ao sentirem-se ameaçados partem pra cima, como um verdadeiro e ágil caçador. Ligado a Ogun e a Oxum, veste-se de Azul claro, ou verde bem clarinho em tom azulado. Aprecia muito a carne de veado.

O dia da semana é quinta feira, sua cor é azul turquesa. É sincretizado com São Sebastião, tendo como data de suas festividades em 20 de Janeiro.
Comidas: Ewa (feijão fradinho torrado), Axoxô (milho cozido com rodelas de coco por cima).
Símbolos: Ofá (arco), damatá (flecha). 
Seu Odu é Obará e Odi. 
Suas folhas são: Aroeira, Pau d'água, erva pombinho.
 
Oxossi é um Orixá e tem sua essência nas folhas, nas matas virgens, nas florestas, as qualidades são apenas para diferenciar uma ou outra personalidade e forma de energia em que se apresenta. 
Na minha opinião devemos buscar sentir e entregar-se a energia do Orixá e não ficar se amarrando a uma ou outra qualidade. Devemos buscar conhecimentos do Orixá e não da qualidade, aprender sobre a energia manipulada pelo Orixá, entrar em sintonia com essa energia e cultuá-la com toda força, fé, respeito e responsabilidade.

O culto a Oxossi na África está quase se extinguindo, mas é muito difundido no Brasil e em outras regiões da América onde a cultura iorubá prevaleceu. Isso por conta de que a Cidade de Kêto, onde Oxossi era Rei, foi quase completamente dizimada por causa da grande massa de negros que foram trazido para o Brasil e Antilhas por volta do século XVIII, onde quase todos eram consagrados a Oxossi. Isso gerou um nascimento não de uma nova cidade, mas de uma nação religiosa, Candomblé de Kêto.
Oxossi não só representa a abundância, a fartura e a caça, mas também as formas primitivas do homem buscar seu alimento, busca as formas de sobrevivência,

Uma lenda conta que certo dia Olodumaré chamou Orunmilá e incumbiu-o de lhe trazer uma codorna, sendo que este pássaro era raro e muito difícil de se caçar. Orunmilá entrou mata a dentro a procura da ave. Passou por muitos lugares e muitas vezes foi motivo de deboches por ser a codorna uma ave muito complicada de ser encontrada. Cansado e já desistindo de atender o pedido de Olodumaré pegou o caminho de volta. Estava decepcionado consigo mesmo.
Entrando em um atalho, ouviu cânticos, rumou então na direção do som, grande foi sua surpresa quando viu os tambores em homenagem a Xangô, Oxum, Yemanjá e Obatalá, e no meio da roda estavam Oxum bailando junto do grande caçador Oxossi.

Orunmilá apresentou-se e falou ao povo da vontade de se ter com aquele caçador. Nesse instante todos se curvaram em honra a Orunmilá.
Oxossi dirigiu-se ao velho adivinho e disse que Olodumaré tinha encarregado de lhe levar uma codorna. Oxossi riu e disse que o desejo de Olodumaré iria se cumprir. Assim sendo agora ficaria por conta de Oxossi levar a codorna junto de Orunmilá para Olodumaré. 

No dia seguinte, como combinado Orunmilá foi a casa de Oxossi, encontrando-o desanimado e muito desapontado que disse que tinha roubado a caça. Oxossi desapontado com tal feito perguntou sua mãe sobre a caça, a mesma não deu crédito ao que Oxossi falou. Orunmilá exigiu que Oxossi trouxesse outra codorna, e assim Oxossi o fez, desta trazendo-a no seu bornal, para que não fugisse.

Foram então ao encontro de Olodumaré no Orun. Entregaram a codorna ao Senhor do mundo. Agradecido pela ave que Oxossi o levou, Olodumaré nomeou-o o Rei dos caçadores. Mas Oxossi insatisfeito por não saber o que acontecera com a primeira codorna disparou uma flecha e disse que ela atingisse o coração de quem tivesse pego a ave.

Oxossi voltou para casa e para sua surpresa encontrou sua mãe morta com a flecha cravado no peito, desesperado pôr-se de joelhos gritando pelo seu ato. Neste momento negou o título que Olodumaré tinha dado.




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