Texto para Reflexão.


Olá meu irmãos. hoje venho trazer um texto maravilhoso para reflexão.
Encontrei em um blog e achei muito interessante.
Boa leitura a todos. Que Olorum ilumine a todos nós.
Axé.

Um dia na espiritualidade superior, alguns espíritos se reuniram e sonharam com um local onde o amor, a fé, a caridade e a humildade fossem os pilares de um lindo trabalho espiritual.
Um trabalho voltado ao amor ao próximo e a caridade.
E assim surgiu a nossa linda e sagrada Umbanda.
Os nossos mentores e nossas guias espirituais conspiraram para que tudo desse certo.
Reuniu algumas pessoas na terra com os mesmos ideais.
Trabalharam firme para que estas pessoas se encontrassem e assim colocando em prática o que antes era ainda um sonho.
Uma pena que algumas das pessoas escolhidas desviaram-se do caminho tão lindamente preparado.
E exercem uma "Umbanda" tão diferente da que fora sonhado.
E mais errados são aqueles que "usam" o nome dos nossos tão queridos guias para dizer aquilo que pensam.
Sempre negando a verdadeira realidade.
E continuam praticando rituais mentirosos e falsas ideologias.
Muitas vezes me pego pensando, no que me levou a ser Umbandista!
E nos últimos tempos isto tem sido mais constante!
Devo confessar que todos os dias, tenho muitas alternativas, até mesmo a alternativa de mudar.
Mas invariavelmente chego sempre a mesma conclusão.
Sou umbandista por que amo esta religião, e ela me permite praticar o bem, ajudar quem realmente precisa.
Ela me fez crescer e aprender a amar a vida. E me ensinou a enxergar o mundo de uma forma diferente,
Alargando meus horizontes, não me deu riquezas materiais, mas me deu paz, me deu compreensão.
Trouxe acalento nas horas mais dolorosas, me fez conhecer muitas pessoas.
Algumas que já passaram outras ainda estão presentes em minha vida. E olha que outras eu nem conheço pessoalmente.
Aprendi como princípios básicos desta religião o amor, a fé, a humildade e a caridade.
Foi a Umbanda com estes princípios que aprendi a amar.
Aí de repente eu vejo pessoas que contrariam todas essas práticas quase centenárias da Umbanda.
E é tão triste contrariar as leis de Olorum .
Por isso chora minha mãe Oxum.E assim rezo:
- Oxum lava meus olhos, Oxum lava a minha alma, Oxum mãe das águas, lava o meu coração, Oxum flor das águas, lava o meu coração, que a enxurrada de suas águas tome conta de mim, e leve minhas mágoas!
Que assim seja!


Este texto foi escolhido para pedir humildemente a cada um que se propõe a vestir o branco e ser chamado (a) de médium que valorize esta tarefa. Ela é muito importante em sua vida e na das pessoas que procuram você e as Entidades que o acompanham.
Que Oxum não precise chorar mais... Que nenhum Orixá seja preterido e que acima de tudo possamos honrar a nossa Religião: Umbanda.
Sua presença foi e será sempre importante. Afinal podemos ser substituível aqui, mas  podemos tornar nossa tarefa inesquecível.
Mãe Guida
26/03-2012

Quando as Diferenças são Humanas e não Divinas


Bom dia meus amados irmãos de fé. Hoje venho trazer pra vocês um texto de meu irmão Babá Diego de Odé (Oxossi), para que possamos refletir juntos sobre as mudanças, as diferenças que ocorrem no decorrer de nossa jornada junto aos nossos irmãos no santo.
Muitas vezes não nos damos conta, nem ao menos paramos para pensar antes de tomar qualquer atitude, sem perceber que algumas dessas ações podem ou não influenciar diretamente ou indiretamente em nossa realidade espiritual e física.


"Hoje estive pensando na vontade do Orixá, onde muitas vezes agimos por conta própria e não pela permissão de nosso santo, mas mesmo quando caminhamos por uma estrada diferente, ainda sim o Orixá está do nosso lado e nunca é tarde para tentar reparar os erros do passado e olhar para frente, o melhor perdão é aquele que reforça a consciência e nos faz melhor.

Um exemplo que não é visto, mas é sentido é quando eu entro no quarto de santo e noto ainda a presença do Orixá de algumas pessoas que já não fazem parte do axé, como explicar o fato do filho ir, mas o axé do seu santo continuar na casa? Acredito que isso significa que as diferenças são humanas e não divinas, o fato do filho seguir outra estrada, não quer dizer que seu Orixá não irá ajuda-lo, mas sim que ele não concorda com o afastamento do lugar que o tratou bem, que cuidou e seu axé não tem porque se revoltar e deixar o ilê axé.

Religião tem o papel de orientar sua fé e te fazer melhor, por isso peça ao seu coração que te mostre o caminho e se a saída for retornar e resgatar o passado e voltar para sua família, porque não! Estamos nesse mundo para errar e aprender com os nossos erros, se tivermos nobreza e coragem suficiente para isso, o nosso próprio Orixá fará o resto."


Babá Diego de Odé


Historia de Maria Padilha do Cabaré

Nome que significa Rainha do Fogo, Maria Padilha já teve várias encarnações na Terra, e a última delas foi em Ilhéus na Bahia. Nesta sua última encarnação, ela era uma espanhola que veio para o Brasil morar em Ilhéus na Bahia e foi morta na porta de um cabaré. Todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade.
Entre mitos mais variantes que revelam alguma qualidade a característica especial desta mulher, o que servirá nos terreiros como apoio é o segundo nome que acompanhará o primeiro. Recebe outros apoios que alguns podem pensar que se trata de outra Pombagira,

mas na realidade é ela: "Rainha dos Infernos", "Rainha do Candomblé", "Rainha das Marias", "Rainha das Facas", "Mulher de Lucifer", "Rainha da Malandragem", "Rainha dos Ciganos", etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade busca elogiar a entidade e transmitir uma maior intimidade.
Pomba Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pombagiras. Às vezes ela é chamada de "rainha sem coroa", e isso certamente se refere à Maria histórica, que era a rainha do coração de D. Pedro, mas negou que as suas propostas repetidas para o casamento,preferindo a sua independência durante sua estada na corte. Este também descreve um certo tipo de mulher, aquele que exige respeito, e cujo comportamento é real, mesmo se ela é pobre ou da classe trabalhadora. Maria também é um exemplo perfeito de como "espíritos novos" nascem: lendas cresceram em torno da mulher real, que tinha uma reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas em Espanha e Portugal estavam usando seu nome e chamando seu espírito para ajudar los em suas magias.
Tem predileção - igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer) - pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado. Como toda pomba gira, possui numerosos amantes ou parceiros, com os quais pode "adjuntar-se" ou "trabalhar", sendo essa parceira que protegerá a determinada pessoa.
Cabe esclarecer que nem sempre se formam os mesmos parceiros, pois os mesmos dependeram da morada onde trabalhe a Pomba Gira e o que indique o ponto riscado ou firma espiritual. Apresenta-se sob a aparência de uma formosa mulher, de longos cabelos negros, pele morena (as vezes mais clara e as vezes mais escura), sua idade e físico variam também de acordo com o tipo de caminho ou passagem desta Pomba Gira, pois existem passagens jovens e velhas, sendo igualmente atrativas em qualquer de suas passagens, isto ocorre com todos os Exús de quimbanda, não importando a idade que apresentem, pois tem o dom da sedução.
Ela gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, das jóias, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e da música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento. Seu porte é altivo, orgulhoso, magestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada. É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, amarrar parceiras, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacavel poder na questão de demandas.

Clara Nunes - Afoxé para Logun





Menino caçador
Flecha no mato bravio
Menino pescador
Pedra no fundo do rio


Coroa reluzente
Todo ouro sobre azul
Menino onipotente
Meio Oxóssi, meio Oxum



Menino caçador
Flecha no mato bravio
Menino pescador
Pedra no fundo do rio



Coroa reluzente
Todo ouro sobre azul
Menino onipotente
Meio Oxóssi, meio Oxum

Eh..., quem é que ele é?

Ah..., onde é que ele está?
Axé, menino,axé!
Fara Logun, Fara Logun, Fá
Axé, menino,axé!
Fara Logun, Fara Logun, Fá


Menino, meu amor
Minha mãe, meu pai, meu filho
Toma teu axoxô
Teu onjé de coco e milho



Me dá do teu axé
Que eu te dou teu mulucum
Menino, doce mel
Meio Oxóssi, meio Oxum


19 de Abril, dia de Logun Edé

Bom dia caros irmãos.

Que Nosso Amado Pai Oxalá possa nos iluminar, trazendo-nos a sua paz, cobrindo-nos com seu manto branco.
Hoje Sexta-Feira 19 de Abril, dia do Índio, muito comemorado, principalmente para nossas crianças, onde se vestem  caracteristicamente. 
Dia de um Orixá muito cultuado no Candomblé, Logun Edé, o menino caçador que mora na beira do rio. Sua beleza, herdada de sua mãe Oxum e sua rapidez, essa herdada de seu Pai Oxossi, nos contagia, trazendo muito axé para nossas casas e para nossas vidas. Abaixo deixo um texto do Blog O Candomblé, este riquíssimo  muitas informações, para quem busca conhecer e estudar a cultura de nossas religiões afro.


DIA: Quinta-feira
CORES: Azul-turquesa e Amarelo-ouro

SÍMBOLOS: Balança, Ofá, Abebè e Cavalo-marinho
ELEMENTOS: Terra (floresta) e Água (de rios e cachoeiras)
DOMÍNIOS: Riqueza, Fartura e Beleza
SAUDAÇÃO: Logun ô akofá!

*Aqui abro um parentese sua saudação também pode ser Loci Loci Logun Edé, é a que usamos em nosso terreiro para saudar Logun Edé.

Logun Edé (lógunèdè) é o orixá da riqueza e da fartura, filho de Oxum e Oxóssi, deus da guerra e da água. É, sem dúvida, um dos mais bonitos orixás do Candomblé, já que a beleza é uma das principais características dos seus pais.
Rei de Ilexá,caçador habilidoso e príncipe soberbo, Logun Edé reúne os domínios de Oxóssi e Oxum e quase tudo que se sabe a seu respeito gira em torno de sua paternidade.
Apesar de sua história, é preciso esclarecer que Logun Edé não muda de sexo a cada seis meses, ele é um orixá do sexo masculino. Sua dualidade se dá em nível comportamental, já que em determinadas ocasiões pode ser doce e benevolente como Oxum e em outras, sério e solitário como Oxóssi. Logun Edé é um orixá de contradições; nele os opostos se alternam, é o deus da surpresa e do inesperado.
Na Nigéria, a cidade de Logun Edé chama-se Ilexa e é uma das mais ricas e prósperas da África, anualmente fazem encontros com vários festivais vindo pessoas de toda as partes da África.
Na África negra, dizem que Logun Edé seria na verdade Ólògún Ode – o guerreiro caçador – o maior entre todos os caçadores, pai de todos eles, inclusive de Oxóssi. E se observarmos a cantiga de Oxóssi, veremos que expressão Omo ode, ou seja, filho do caçador, é constante, podendo inferir certa lógica nas histórias contadas pelos africanos, como também sua ligação com Ogun.
Oxum Yéyé Ipondá e Odé Erinlé Ibò, respectivamente, as qualidades de Oxum e Oxóssi que se consideram os pais de Logun Edé.
A história revela que Oxóssi, feliz pelo filho vindouro, declarou a Oxum o seu amor e pediu a ela posse do menino:
- Oxum, por amor a você, quero que Logun Edé fique comigo, vou ensiná-lo a caçar. Comigo ele aprenderá os segredos da floresta.
Mas Oxum também amava Logun Edé e por maior que fosse seu amor por Oxóssi ela não poderia separar-se de seu filho então declarou:
- Logun Edé viverá seis meses com sua mãe e seis meses com o seu pai, comerá do peixe e da caça. Ele será Oxóssi e será Oxum, mas sem deixar de ser ele mesmo, Logun Edé: um príncipe na floresta e um grande caçador!
Características dos filhos de Logun Edé
Os filhos de Logun Edé possuem as características de Oxum, ou seja, narcisismo, vaidade, gosto pelo luxo, sensualidade, beleza, charme, elegância. Tem também características em comum com Oxóssi, ou seja, beleza, vaidade, cautela, objectividade e segurança.
No entanto, há características de Logun Edé que não pertencem nem a Oxum nem a Oxóssi. Na verdade, ele reúne o arquétipo de ambos, mas de forma superficial. A superficialidade é a marca dos filhos de Logun Edé, porque eles, ao contrário dos filhos de Oxóssi e de Oxum não têm certeza do que são nem do que querem. As qualidades de Oxum e de Oxóssi amenizam-se em Logun Edé, mas, em compensação, os defeitos são exacerbados. Dessa forma, os filhos de Logun Edé são extremamente soberbos arrogantes e prepotentes.
Mas algo não se pode negar: os filhos de Logun Edé são bonitos e possuem olho-de-gato, algo que atrai e repele ao mesmo tempo. São mandões, os donos da verdade, os mais belos, cujo ego não cabe em si. Melhor não lhes fazer elogios em sua presença, a não ser que queira ver sua imensa cauda de pavão abrindo-se em leque. Quando têm consciência de que conseguem controlar os seus defeitos, os filhos de Logun Edé tornam-se pessoas muito agradáveis.
Os filhos de Logun Odé não andam! Pairam sobre o ar!
Logun Edé pertence ao panteão dos caçadores, é único, não tem qualidade, por isso só pode existir um iniciado numa casa de candomblé.

* Comentário de Pai Edson D'Oxossi

Capacidade e Potencial

Bom dia!
Muito axé meus irmãos.

Hoje irei trazer um texto de minha autoria para que possam refletir. Boa leitura e que Pai Oxossi possa nos iluminar sempre.


O que trazemos dentro de nós?

O ser humano desde o inicio dos tempos vem evoluindo como pessoa e profissional. Cada dia que passa cresce o nosso potencial, crescemos em nossa comunidade, em nossa cidade, em nosso país, em nosso planeta.
Precisamos cada vez mais de aprendizado, buscamos coisas novas em todas as áreas, aprendemos com nossos erros, com os erros de outras pessoas, o importante para cada ser humano é crescer e evoluir na linha do tempo. Na religião, na profissão, como pessoa, enfim precisamos de crescimento.
A partir do momento que encontramos uma razão para viver, procuramos sempre melhorar-nos cada vez mais. Se alguém faz algo melhor que eu, com certeza, amanhã eu irei procurar fazer melhor que ela. E assim crescemos, melhoramos nosso potencial, nossas capacidades, isso é chamado de sucesso.
Desde que nascemos trazemos dentro de nós capacidades, que com a convivência e experiências de outras pessoas despertam para que nós possamos interagir junto com a sociedade.
No meu ponto de vista nós já nascemos com muitos conhecimentos, apenas estão adormecidos. No momento em que passamos a conviver com estes assuntos eles afloram fazendo com que nos tornemos bons em tudo que fazemos desde que este esteja guardado em nosso inconsciente, que por sua vez faz de nós bons como profissionais, pais, filhos, netos, enfim, bons em tudo ao nosso redor. 
 Pai Edson D’Oxossi

Ave Maria da Umbanda

Yemanjá venha abençoar este terreiro, paz em nossa direção, 
derrama Oxum o seu amor em cachoeiras de luz Obá tem sempre a nos atenção, renova a nossa fé sobre a direção de Iansã.
Egunitá a nos conduzir na lei de Oxalá, 
Nana Buruquê, Orixá sinhá ensina-nos a transmutar e ajuda-nos a conduzir as nossas vidas.
Oh mãe da Umbanda, derrama suas bênçãos sobre nós, 
iluminai este terreiro na fé dos sete tronos e dos quatorze pais e mais Orixás. 
Vem acalentar o coração dos sofredores, 
olhai por nós e abençoai a nossa Umbanda por todo o sempre. 
Façam nos reformar oh mães o nosso íntimo, 
conduz as nossas vidas Omulú.

Vergonha de dizer: Sou umbandista.


Olá meus irmãos!

Mais uma vez venho trazer um texto que encontrei na internet e achei que deveria compartilhar com vocês. Boa leitura a todos e o meu axé.

"Conheci a Umbanda muito novo, quando ainda nem tinha capacidade de discernir bem e mal. Frequentei terreiros por muito tempo sem conseguir ter acesso a nenhum fundamento teórico ou explicação do porque algumas coisas eram daquela maneira, sempre ouvindo a máxima “os guias sabem, e não devemos questionar”. Durante estes tempos, ouvi muita gente falando atrocidades, e eu, mesmo com pouco embasamento sobre o assunto, sempre procurei esclarecer e desmistificar aquilo que eu sabia, muitas vezes, usando as bases espíritas para fundamentar.
Hoje tenho a oportunidade de estar inserido em um outro cenário. Pratico e estudo a religião com maior envolvimento e amor. Não preciso mais buscar embasamento em outras vertentes, pois conheço bem aquilo que pratico e consigo me defender com maior propriedade. Porém, agora como um Umbandista declarado, vivencio diretamente os preconceitos que o desconhecimento e a ignorância debruçam sobre os praticantes daquilo que as aparências sociais ainda não consideram como “comum”.
Tudo bem que ninguém é obrigado a entender a religião alheia. Aceitar é o mínimo, mas sabemos que nossa sociedade não lida muito bem com o que desconhece. O que me magoa mais são os “irmãos” umbandistas que não se assumem e ainda, se necessário, criticam aquilo que praticam longe dos seus grupinhos sociais. Vejo isso presente muito perto de mim, e, infelizmente, isso é muito mais comum e sem tempo para acabar do que imaginamos…
O texto abaixo trata justamente disso, de uma situação que eu mesmo muito já vivenciei quando ainda não praticava a Umbanda, e hoje, dificilmente ficaria calado!
Se você tem vergonha daquilo que pratica, está traindo a você mesmo. Ninguém é responsável pela ignorância alheia, e muito menos necessita ser conivente com ela.
Axé!"

Texto de Frank Oliveira, publicado no Jornal de Umbanda Sagradaedição 137.

Não sou Umbandista, não gosto de “ismo”, nem toco em nenhuma banda, mas tenho um grande orgulho da Umbanda e de tudo o que aprendi e ainda aprendo com os Orixás e com os Mestres de Aruanda, por isso, se em alguma discussão sobre religião, ouço alguém falando mal da Umbanda, essa pessoa vai ouvir; afinal, todas as religiões merecem respeito e de intolerante, já basta a nossa ignorância em relação ao diferente, porém, é interessante que isso não ocorre com muitos dos seguidores dessa religião afro-brasileira, a maioria nega de pé junto que já pisou em um terreiro, ou seja, o preconceito começa com os próprios praticantes da religião.
Uma coisa é ouvir o preconceito vindo dos evangelistas de plantão que adoram falar mal de qualquer religião que não seja a “cristã” deles, porém, perceber esse medo bobo de assumir o que faz vindo dos seguidores dessa religião tão linda, sempre me deixou muito curioso.
Certo dia, estava conversando com alguns amigos, um deles, umbandista de pai e de avô, e a discussão começou a girar ao redor da palavra “macumba” e acabaram, naturalmente, associando com a Umbanda, e lá fui eu, explicar que as coisas não eram bem assim, como os nomes e significados foram distorcidos, e defendi aqui e ali, tudo o que aprendi com a Umbanda, esperando que esse meu amigo, entrasse na discussão e falasse sobre a sua experiência, mas ele permaneceu em silêncio durante toda a discussão.
Quando o pessoal foi embora, olhei para ele e falei:
- E aí, o que ocorreu?
Ele olhou para mim e falou:
- Nada! Eu só não gosto de falar para as pessoas o que eu faço ou no que eu acredito. Eles não tem nada a ver com isso.
- Você tem razão – respondi – Afinal, não precisamos ficar por aí, levantando a bandeira de nada, mas acredito que precisamos nos manifestar quando vemos pessoas falando besteira sobre algo que conhecemos bem. E não consigo ficar calado quando ouço as pessoas pregando algo contra a religião alheia.
- Não me leve a mal, Frank! – disse ele – Mas não quero que as pessoas me chamem de macumbeiro. Por isso, quando elas me perguntam que religião é a minha, sempre falo que sou católico, ou se o pessoal for mais cabeça, que eu sou espírita.
- Mas você vive dentro de um terreiro de Umbanda!
- Eu sei, mas não tenho coragem, nem força para assumir algo que sei que vou sofrer preconceito…é mais fácil apenas dizer o que eles querem ouvir.
Não disse nada, mais é por esse e por outros que a Umbanda continua sofrendo todo esse preconceito e continua sendo considerada uma outra seita, dessas de fundo de quintal, que só existem para fazer o mal.
E a diferença entre seita e religião, queridos leitores, é o preconceito que cada uma carrega.

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