Maio, Mês dos Pretos Velhos




Maio é o mês em que louvamos os Pretos Velhos e em nossa casa já é tradição após a Gira de Atendimentos com esses abnegados e benevolentes espíritos, servir o ajeun (comida) para os consulentes.

A festa dos Pretos Velhos nesse ano foi surpreendente, pois todos os filhos da casa participaram dos ritos durante toda a semana que antecede a Gira de atendimentos, desde a limpeza da casa, o planejamento e organização das festividades, da gira e da preparação da feijoada dos Pretos.

Que os Pretos Velhos nos deem saúde sempre, sabedoria e axé para continuarmos firmes e fortes levando a bandeira de Oxalá como escudo no dia a dia, nas batalhas que temos que travar todos os dias conosco e com o mundo a nossa volta em prol de nossa evolução moral e espiritual.

"Preto Velho tá quebrado de tanto trabalhar,
Preto Velho tá cansado de tanto curimbar.
Canta ponto, risca pemba, 
Que é longa a caminhada,
Quem tem fé tem tudo, 
Quem não tem fé não tem nada"!

Salve as Santas Almas!
Saravá os Pretos Velhos!

Na nossa Religião...

Na nossa religião todos usam branco, com isso nos tornamos iguais, sem distinção nem disputa de quem se veste de grife ou roupas populares.⠀
Na nossa religião pisamos com o pé no chão, sentimos a terra, o solo, o frio e a quentura da energia.
Na nossa religião dançamos, somos levados pelo som dos atabaques e do nosso coração. ⠀ ⠀
Na nossa religião cantamos, exaltamos as energias da natureza, divindades maiores e puras. Na nossa religião pedimos a benção não só aos nossos mais velhos, mas também aos Orixás puros que existem dentro de cada um.
Na nossa religião sentamos no chão quando ‘pequenos’ e respeitamos a nossa hora de sentar na cadeira quando ‘grandes’.

Na nossa religião ajudamos as pessoas, seja qual for o problema, dor, mágoa ou dificuldade.
Na nossa religião aceitamos as pessoas como elas são, gays, lésbicas, travestis, transexuais, negros, brancos, crianças, idosos, pobres, magros, gordos, ricos... ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀

Na nossa religião também recebemos pessoas de outras religiões (que não são poucas). ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀
Na nossa religião agradecemos cada dia a uma divindade, um Orixá, cada dia foi especialmente escolhido a cada um que nos regem.
Na nossa religião cultuamos as folhas, às arvores, às cachoeiras, mares, vales, fogo, ar, terra e toda e qualquer energia da natureza. ⠀ Na nossa religião existe fundamento para cada ato, nada é feito sem explicação.
Na nossa religião, não escolhemos, somos escolhidos!

E isso, a nós que somos seres humanos cheios de imperfeições, ser escolhido por uma divindade pura, é PURA HONRA!

Festa de Exu, Ogum e Odé

Festa de Exu, Ogun e Odé no Ilè Asé Egbé L'ajò Ogun Ereguedè - Itapevi - São Paulo.
Sua Benção meu Pai! Meus respeitos sempre ao senhor e todos os irmãos. Sou grato por tudo que tenho hoje, ao senhor e a Erinlé que me acolheram quando mais precisei.

Agô! Cantos Sagrados de Brasil e Cuba - Oxossi


Gira de Atendimentos com Pretos Velhos.

Convite para Nossa Gira de Atendimento com nossos amados Pretos Velhos.

O que dizer desse humildes e benevolentes espíritos cheios de luz, sabedoria e conhecimentos ancestrais que tanto nos amam e nos ajudam na luta pela evolução moral.

Adorei as Almas!
Saravá todos os Pretos Velhos

Que nosso Pai Omolu possa nos abençoar com saúde e transformações positivas.

Leite de Onça - Pai Benedito

Bom dia povo de fé. Hoje trago uma mensagem do Preto Velho Pai Benedito sobre a persistência. 
Boa leitura! Muito Axé e que Oxóssi nos abençoe.


Certa vez no Congá de Pai Benedito, chegou um rapaz de boa aparência para se consultar, estava aflito e ansioso, mal esperava chegar a sua hora de conversar com o preto velho sofre suas angústias.
Chegando finalmente sua oportunidade, sentou no banquinho junto ao preto velho e, o velhinho já sentia que aquela agonia toda era devido a problemas sentimentais. Sem pressa, Pai Benedito cumprimentou o moço:
_Sarve meu fio, vos suncê qué fazê faladô com esse nego veio?

_Sim, meu pai, estou apaixonado por Josefina, a filha do Coronel Leonildo, mas ela não quer nada comigo, já fiz de tudo e ela nem me nota.
_Sim, meu fio, e o que suncê acha que esse nego véio pode fazê?
_Ora, eu quero que o senhor faça um trabalho para que ela aceite se casar comigo.

Pai Benedito, viu logo que o rapaz estava irredutível a ponto de que seria inútil tentar esclarecê-lo, respondeu:

_Tá bom, meu fio, mas pra esse trabaio meu fio vai ter que trazê pra mim um copo de leite de onça.
O rapaz arregalou o olho.
_leite de onça?
_Sim, suncê tem que procurar uma onça, suncê mermo tem que ordenha ela, juntá um copo e trazê pra mim.

O rapaz coçou a cabeça, mas como queria muito a moça, aceitou.

_Tá bom, meu velho, vou atrás desse leite, então.
_Vai, meu fio, vai com Deus.

Passaram três anos e o rapaz apareceu novamente para consultar o preto velho.

_Sarve, meu fio, suncê vortô.
_Sim, meu bom velhinho, e trouxe o que me pediu para o trabalho, o leite da onça.

O velho pegou o leite e constatou que era mesmo leite de onça, sorriu e acenou a cabeça  positivamente. O rapaz, apressado quis saber:
_E então, preto velho, com isso eu vou ter ou não a Josefina?

O velho riu e continuou:
_Fio, se você consegue tirar leite de onça, não vai ser essa moça que vai conseguir escapar do meu fio não é?
_Por que o senhor diz isso?
_É que o nego véio viu na vidença que a moça que meu fio qué é um espírito bem difícil, por isso deu ao meu fio uma tarefa quase impossível. Mas já que suncê é capaz de domá uma onça, é capaz de dá certo cum ela tamém.

_O que eu faço agora, nego véio?
_Ora, fio, vai lutar pelo que meu fio quer, se for tão dedicado quando foi com a onça, vai ter o que merece.
_Salve Deus, obrigado, meu pai.
_Vai cum Deus, meu fio.


Por: John Land Carth
Do Livro: Cultivando a sintonia no Preto Velho

Carnaval e a Casa de Oxóssi Groaíras

Hoje quero compartilhar com vocês o que a espiritualidade em nossa casa nos orienta sobre o
CARNAVAL.

Essa é uma época do ano não diferente das outras, porém é um ciclo que devemos nos policiar, ser conscientes do que buscamos pra nossa vida.

Não é proibido pular carnaval. O que é proibido são os exageros, má conduta, álcool em excesso, drogas e outras situações que não trazem nada de positivo pra nossa vida.

Nós umbandistas acreditamos na benevolência dos Orisá e na proteção de nossos guardiões, os senhores Exus. São eles que guardam nosso caminho e que punem aqueles que exageram.
Vamos ser conscientes e brincar com respeito a si e ao próximo. Não sejam exagerados em nada, sejam cautelosos e tenham cuidados redobrados para não cair em erros.

Espíritos atrasados e densos existem em todos os lugares e em todas as épocas do ano, no Carnaval é mais fácil entrar em contato com eles por conta das energias emanadas das pessoas que exageram no álcool, drogas, sexo e por aí vai.

Como bons médiuns e filhos de Orisá devemos nos policiar e não exagerar...
A sua consciência é o freio a barreira para se proteger das energias ruins.
A Umbanda não proíbe nenhum filho de ir para as festas carnavalescas, eu como pai de uma comunidade religiosa também não proíbo, só espero que os filhos saibam brincar com alegria e respeito.

Evitem bebidas em excesso, pessoas negativas, drogas e lugares onde tenha fluxo de drogas, brigas, entrar e sair de bares com pessoas exagerando no álcool ou outros exageros.

Com respeito ao seu corpo, ao próximo, brinquem o carnaval, mas não deixe essa festa levar você a grandes problemas mais tarde.

Lembrem-se, Exu guarda a todos que merecem, que respeitam Ele, a si e ao próximo!
O carnaval é uma festa, em nossos cultos aos Orisá e aos Guias, fazemos festas, por tanto, não é proibido, desde que haja disciplina e respeito.

CONSCIÊNCIA! Essa é a palavra chave para esse período.

Depois irei falar sobre a Quaresma e os ritos segundo os costumes de nossa casa.

Sem mais,

Prece de Pai José de Aruanda

Quando estava no cativeiro.
"Meu Pai Olorum,
mais uma vez me puseram no tronco. Amanheci acorrentado, amordaçado e nu...
Não me deram comida ou água.
Estou enfraquecido, desanimado e sem entender porque fazem tanta crueldade com nosso povo.
Acredito que pago algum erro de minha vida passada; então, não posso reclamar... Eu percebi que todos que são diferentes, sofrem essa perseguição e o castigo da escravidão.
É como se fossem inferiores ou devedores de alguma dívida impagável a essa gente branca.
Alguns conseguem fugir; mas, outros, têm a mesma sina que eu... E muitos: morrem!
Penso em desistir da vida, muitas vezes, mas isso seria um sacrilégio e eu não quero ofender Irokô.
Então, eu me conformo e procuro silenciar, na tentativa de sofrer menos. Apenas observo e tento aprender a cultura deles, para ver se tenho maior aceitação e menos castigo.
Não quero esquecer quem eu sou, de onde eu vim e todos os costumes de meu povo; por isso, eu procuro relembrar a cada dia um pouco mais. Eu sou diferente de todos.
Eu sou um negro albino. Em minha tribo isso era chamado de criança de Iku ou criança amaldiçoada.
Nasci assim: não sou índio; não sou negro; não sou branco. Então não sei quem eu sou...
mas eu existo e deve haver um propósito nisso tudo. Quantas vezes eu tentei fugir e quantas vezes eu fui para o tronco já perdi as contas!
Mas, ainda não desisti... Dizem os brancos que nós somos persistentes em nossos objetivos.
Eu sou persistente quando quero alguma coisa e insisto até conseguir...
Mas, dessa vez, meu Pai Olorum, acho que chegou meu fim, pois sinto-me enfraquecido e combalido.
Meus irmãos de raça me descriminam pois sou diferente deles.
Os demais daqui me olham estranhamente, como se eu tivesse uma doença contagiosa.
Então, sinto-me solitário, abandonado e alquebrado. Ainda não perdi minha fé, pois é a única coisa que me sustenta e que me segura firme na jornada.
Meus Deuses Africanos são a única coisa que tenho e o que me mantém vivo nessa prisão, de outras terras e de outros costumes.
Anoiteci aqui porque tentei fugir... Já está amanhecendo e alguém está vindo me soltar.
Jogaram em minhas feridas uma espécie de vinagre com salmora, para não infecioná-las...
Sinto muita dor e muita tristeza; ainda não me acostumei com essa vida. Na senzala, uma negra chamada Nhá Benta me tratou e me cuidou.
Ela tem uma filha: Inaê Cambinda.
Quero me casar com ela e por ela eu ficaria aqui... Estou fraco demais e quase desmaiando, mas ainda vejo o olhar de Inaê: doce, meigo e puro.
Não sei se sobreviverei, ou se conseguirei aguentar mais um dia nesse lugar.
Não sei se sou digno de Ti, Senhor Supremo, ou de pedir-te proteção, mas dai-me uma nova vida e condições de refazer essa jornada terrena, pois preciso compreender porque me trouxestes até aqui.
Meu Pai Olorum finalizo lhe pedindo, que: Quando me encontrares cansado, com o corpo curvado e pesado por causa da idade...
Dai-me forças para seguir adiante e em frente, porque mesmo assim, pretendo servir-Te para sempre Meu Pai!"

Festa de Oxóssi 2018

Dia 20 de Janeiro é o dia em que comemoramos a fartura de Pai Oxóssi, nesse dia nós da Casa de Oxóssi Groaíras também estamos completando mais um ano de fundação desta Casa de Axé.

A Casa de Oxóssi Groaíras foi fundada por Pai José de Aruanda em 20 de janeiro de 2009, desde então passamos a nos organizar fisicamente para que chegássemos o que somos hoje, ainda temos muito a aprender, vamos caminhando com a orientação de nossos Guias Espirituais em direção da evolução moral através da fé, trabalho, amor, dedicação e reforma intima. 

Foram muitas lutas, muitos "nãos", porém nunca desistimos de nosso objetivo de elevar o nome de Nossa Amada Umbanda Sagrada e levantar a Bandeira da Paz de Nosso Pai Oxalá.

De 2009 a 2011 passamos por uma fase bem critica, onde tínhamos medo do preconceito da sociedade, temíamos represálias por outras vertentes religiosas, porém nossa fé nos manteve de pé e nosso querido Preto Velho Pai José sempre nos aconselhando e guiando-nos pelos caminhos certos a seguir.
Em 2012 tomamos coragem e enfrentamos o medo, começamos a nos libertar, no sentido de perder o receio, nos mantivemos unidos, isso fez com que outras pessoas aderissem a religião, ganhamos forças, fomos motivados por amigos de outras vertentes religiosas e em 2013 fizemos nossa primeira participação em publico, no Desfile Cívico do 7 de Setembro. Não temos registros postados em Redes sociais, só a partir de 2014 começamos a fazer esses registros. Desde então somos bem acolhidos por maioria da sociedade e estamos sempre buscando alianças, valores que somem para sermos também ferramenta de transformação social.

Hoje Somos a Casa de Oxóssi Groaíras com 8 anos de História e muita batalha, só quem esteve ao nosso lado conhece nossa luta.

E para celebrarmos esse momento, para nós, tão especial iremos Louvar  Pai Oxóssi, Patrono de nossa Casa com uma Gira Festiva chefiado pelo Caboclo Ubirajara, um dos Mentores Guia de nossos trabalhos mediúnicos dia 27 de Janeiro (Sábado) a partir das 18 horas.

Sintam-se convidados!

Pai Edson de Oxóssi e Mãe Meire de Oyá
Dirigentes da Casa de Oxóssi Groaíras


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