Os Tipos de Mediunidade


A mediunidade é um compromisso que o espírito assume ao reencarnar, de exercer um trabalho constante em favor da ideia da imortalidade da alma, o exercício da caridade ao próximo, e incluindo o dever de melhorar a sua própria graduação espiritual. Este intercambio exerce-se de diversas maneiras, pois há vários tipos de mediunidade e de médiuns. Tratando-se de médiuns, existem os médiuns naturais e médiuns de prova.


MEDIUNS NATURAIS: são espíritos que já atingiram um alto grau moral, e ao encarnarem ligam-se naturalmente ao Astral Superior, pela sensibilidade adquirida através do próprio aprimoramento espiritual. São espíritos abençoados com o dom da “intuição pura”, como por exemplo, Antúlio, Rama, Chrisna, Buda, Jesus, etc…

MEDIUNS DE PROVA: são os que recebem a faculdade mediúnica como empréstimo, proporcionando-lhes a oportunidade de resgate de suas dividas cármicas. Através de processos ainda desconhecidos por nós, os técnicos do astral hipersensibilizam o perispírito daqueles que ainda precisam encarnar com a obrigação de trabalhar mediunicamente, acelerando determinados centros energéticos vitais do seu perispírito, despertando-lhe provisoriamente a sensibilidade psíquica para maior percepção dos fenômenos mediúnicos enquanto encarnados. Entre médiuns de prova, temos médiuns conscientes, semi inconsciente e inconscientes.


Os médiuns CONSCIENTE são aqueles que, apesar da incorporação, guardam total percepção de tudo que se passa ao seu redor, de tudo que sua entidade está fazendo. O espírito e o perispírito afastam-se da matéria, dando a oportunidade da entidade comunicante ligar-se a ela, mas permanecem ao seu lado. Daí terem consciência de tudo o que está se passando. Ter mediunidade consciente traz ao médium muita responsabilidade, pois o médium precisa conhecer bastante a doutrina, para não atrapalhar manifestação e serviço da entidade com seu mental.
Os médiuns SEMI CONSCIENTE são os que têm momentos de lucidez, de lembranças, e momentos que sua mente se apaga, eles não se lembram de nada que aconteceu.
Os médiuns INCONSCIENTE são os portadores de mediunidade de maior resgate, e por isto tem que dar mais de si. Então as entidades atuam com maior intensidade.

Quanto a mediunidade, há varias maneiras de o médium efetuar o intercambio com o Astral. Há então a mediunidade INTUITIVA, INCORPORAÇÃO, VIDENCIA, AUDIÇÃO, PSICOGRAFIA, DESDOBRAMENTO, TRANSPORTE, EFEITOS FÍSICOS, PSICOMETRIA E CURA.

INTUITIVA: é a mediunidade através da qual o médium ouve, sente ou recebe o pensamento dos desencarnados, mas o faz de modo consciente. O espírito desencarnado age diretamente no cérebro perispiritual do médium intuitivo, que depois transmite as idéias do seu comunicante ao mundo material, servindo-se de seu vocabulário próprio. O médium é então um receptor telepático das entidades.

INCORPORAÇÃO: na mediunidade de incorporação inconsciente e semi inconsciente, o perispírito do médium afastam-se da matéria, deixando-a sob o comando total do desencarnado comunicante. Já o consciente, o espírito do médium posta-se ao lado da sua matéria, para dar o comando da mesma ao espírito comunicante. Não é porque seu espírito está ao lado ele conserva a consciência de tudo que se passa, que ele não esta incorporado. Embora o espírito do médium abandone temporariamente a matéria, fica a ele ligado pelo cordão fluídico. No inicio de desenvolvimento de incorporação,a entidade não toma a matéria mais sim irradia seus fluidos a ela, aumentando gradativamente a sua atuação, até que a matéria do médium acostuma-se com seus fluidos, dando-se então a incorporação total.

VIDÊNCIA: é a mediunidade que permite ao médium ver o mundo astral, através dos olhos perispirituais. É por isso que dizem que os cegos podem ver os espíritos, pois não dependem da visão material dos olhos para fazê-lo. O médium, sem auxilio dos cinco sentidos ou do raciocínio, percebe coisas e fatos que se desenrolam em torno de si, no mundo astral. O médium pode nascer vidente, e então a sua vidência será chamada de “astralina direta”, ou então, através do desenvolvimento mediúnico e aprimoramento espiritual, torna-se um médium de “vidência mental indireta”. Tanto uma como a outra, dependem da maior ou menor sensibilidade psíquica da criatura, mas sua segurança, exatidão e proveito, subordinam-se a graduação espiritual do ser.

PSICOGRAFIA: na mediunidade de psicografia, o espírito coloca-se atrás ou do lado do médium, e através da ligação de seus fios fluídicos ao perispírito do médium, ele adquire o comando dos movimentos dos braços, antebraços, mãos e dedos dos médiuns, que passa então a obedecer o comando do espírito comunicante, na transmissão de mensagens e pinturas.

AUDIÇÃO: na audiência, o médium ouve os espíritos que com ele se comunicam pela audição. O médium ouve sons, não dentro da sua cabeça, mas fora exatamente no lugar de origem, como qualquer conversa normal. Isto se deve ao aumento da escala auditiva, normalmente o ouvido humano percebe vibrações de 16 a 20.000 ciclos por segundo. No médium audiente, esta percepção vai de 80 a 180.000 ciclos por segundo.

DESDOBRAMENTO: neste caso, o perispírito do médium se afasta do corpo físico, podendo efetuar “viagens”. O desdobramento pode ser involuntário (quando se efetua espontaneamente sem a vontade do médium), voluntario (quando o médium prepara-se, concentra-se para efetuá-lo segundo sua vontade) e provocado (quando há interferência de uma pessoa, ou de uma corrente de pessoas para efetuá-lo, por exemplo, a hipnose). Durante o desdobramento, o médium guarda lembrança variável, mais ou menos acentuada desta viagem astral, pois ele se conserva consciente o tempo todo.

TRANSPORTE: o médium de transporte aproxima-se mais da categoria de efeitos fiscos, pois ele fornece o ectoplasma para os espíritos operarem a desintegração de objetos, que depois transportam apenas seu molde etérico, devendo ser novamente preenchido com a energia que depois constitui a matéria.

EFEITOS FÍSICOS: nesta mediunidade, o médium é doador potencial de ectoplasma, que manipulados pelas entidades resultam em materializações, ruídos, levitações, etc. Este ectoplasma é também utilizado nas operações espirituais. Apenas com a presença do doador de ectoplasma, muitas vezes sem nem ele saber que é médium, processam-se os fenômenos ou os benefícios nas operações.

PSICOMETRIA: através dela, certos médiuns pelo contato de algum objeto, relatam minuciosamente não só a origem e a historia desse objeto, como também de seus possuidores. O psicometra desarticula, de maneira acelerada e automática, a visão e audição perispiritual, acompanhando o mapa de ações que lhe é traçado no espaço e tempo pelas entidades, obtendo assim, as informações e impressões que procura.

CURA: na mediunidade de cura, o médium é um espírito com pesados débitos a resgatar, e por isso tem que dar muito de si, de sua matéria, para beneficio do próximo. Este desgaste é relativo, e não significa que encurta a vida do médium. Pode também proceder as curas pela simples imposição das mãos, que através de passes, incorporando ou não. Neste caso, o médium não será necessariamente inconsciente.

Comportamento dos Médiuns Umbandistas

Bom dia a todos. Caros irmãos mais uma vez trago um texto sobre nossa amada Umbanda, espero que gostem e tirem suas conclusões sobre o comportamento dos médiuns dentro e fora do terreiro. Deixem comentários e boa leitura.

Reforma íntima
A partir da ciência de sua mediunidade e do compromisso de colocá-lo a serviço da espiritualidade, o médium deverá conscientizar-se da própria necessidade de melhorar comportamentos e atitudes no dia a dia, que automaticamente refletirão de modo positivo nos trabalhos que realizará no templo e em sua vida como um todo.

Quando alguém assume o grau de médium, dele também é exigido que purifique seu íntimo, que reformule seus antigos conceitos a respeito da religiosidade e que se porte dignamente, de acordo com o que dele esperam os orixás sagrados, que o ampararão daí em diante.

A transformação interior é o caminho correto da vida, o caminho da retidão, o caminho da fé e da vontade, o caminho da luz. Em nossa mente e em nosso coração não deve haver separação entre mundo material e espiritual; não há tempo para a matéria e um tempo para o espírito, pois o valor da vista está na eternidade. A qualidade de tudo é universo de Deus.

A prática religiosa deve ser um ato sagrado o tempo todo, levando a simplicidade da vida para dentro do nosso coração e tornando sagrado o nosso mundo, as nossas ações, os nossos momentos. Não é preciso “arranjarmos tempo” para praticar a religião, o necessário é transformarmo-nos interiormente, buscando nossa verdadeira natureza e identidade, a cada momento, expressando isso na criação de um mundo melhor. É preciso purificar o corpo físico e o coração.


Purificação do corpo
A purificação do corpo implica comportamento limpo, claro e aberto, dar carinho e servir aos outros, fazendo de nós um modelo a ser seguido. Significa não ir à busca do prazer da gula, não falar palavras fúteis, desrespeitosas ou sobre os erros dos outros; não promover discórdias; mas sim, incentivar as pessoas a fazerem as coisas certas; falar palavras reconciliadoras; ser educado, amoroso, suave, delicado, afável, e benevolente; não falar alto e grosseiramente. Implica, ainda, o consumo de alimentos depurativos do sangue e curativos e a suspensão de vícios e maus hábitos.

Nos dias de trabalho estamos para Deus. Certos cuidados são exigidos: não ter relação sexual por pelo menos 24 horas antes; não ingerir bebida alcoólica e/ou outras substâncias prejudiciais a saúde , sejam elas legais ou ilegais; evitar o consumo de carne de qualquer espécie (principalmente carnes vermelhas). A alimentação deve ser leve, pois refeições pesadas ou picantes demais trazem distúrbios orgânicos e energéticos que desvirtuam o trabalho do médium, interferem na concentração e despertam emoções mais densas.

O excesso de alimentação produz odores desagradáveis pelos poros, pela saída dos pulmões e do estomago. O álcool e outras substâncias tóxicas conturbam os centros nervosos, entorpecendo a mente, anulando a percepção extra-sensorial e alternado certas funções psíquicas. Também abrem o campo mediúnico às vibrações negativas e estimulam o emocional dos médiuns.

Os procedimentos de resguardo visam desobstruir os pontos de captação de energias e afinizar a vibração do médium em seus padrão pessoal. Quanto mais puro em suas energias, mais facilmente o médium sintonizará, vibratoriamente, as irradiações dos orixás e isto, se feito continuamente, se expressará na saúde do médium, tornando-o menos suscetível às doenças.


Purificação do coração
A purificação do coração, enquanto fonte de consciência do ser humano, ocorre com a preservação do pensamento limpo e sem defeito. Para isso, devemos desenvolver a sinceridade, o respeito, a humildade, a gratidão, a harmonia, o contentamento, a misericórdia, a compaixão, a abnegação e o perdão, no entanto sem aplacar o sentimento de revolta contra as injustiças e a miséria.

Este mundo transitório da matéria deve ser entendido como uma dádiva, para podermos enxergar nossa verdadeira dimensão e caminhar para a comunhão com a consciência divina. Em nossa prática do dia-a-dia, temos de ser, nós mesmos, uma fonte de luz.

O ciclo reencarnacionista é uma das vias de evolução, sob irradiação dos sagrados orixás, na qual todo e qualquer espírito tem a possibilidade de percorrer um caminho de infinito aperfeiçoamento, tanto no plano material, quanto no plano espiritual.


O sentido da vida está em ajudarmos no equilíbrio de nossos semelhantes. Aqueles que se tornaram conhecedores da Lei e já conquistaram seu equilíbrio buscam a essência do Criador nas coisas mais simples; sacrificam-se pelos semelhantes, sem nada esperar em troca; preocupam-se em não depredar a natureza. Integram-se por inteiro ao ancestral místico, sabendo que tudo é parte do mesmo corpo de Olorum.

A nós umbandistas, cabe purificar o nosso íntimo, renovar a religiosidade e a fé nos sagrados orixás, no nosso meio humano, sofrido e desencantado com tantas injustiças sociais. Temos que lidar, simultaneamente, como o nosso íntimo e com o nosso meio, sem nos dissociarmos de nada ou de ninguém a nossa volta. É fundamental que conquistemos os dons, as virtudes e a harmonia para o nosso planeta, retornando à simplicidade de cultuar Deus, de sermos responsáveis pela vida e auxiliares do nosso Divino Criador. Se essa for a prática cotidiana na vida do médium, torná-lo-á inacessível aos espíritos trevosos e às vibrações negativas.

Paz e axé a todos.
Que Pai Oxalá possa nos iluminar sempre.

Quaresma na visão da Umbanda

Para iniciar este post, primeiro procurei algumas informações acerca do assunto, visando um maior esclarecimento aos irmão de fé, e obtive em vários sites conteúdos que também falam e explicam sobre a Quaresma dentro da Umbanda, estes foram de acordo com a minha visão.

Como todos devem saber a Quaresma é um período de 40 dias em que os católicos passam se preparando e se limpando das coisas mundanas por causa das festas de carnaval, através de penitências e orações. Ao meu ver esse é um dogma do catolicismo e não da nossa Sagrada Umbanda.

O que acontece em alguns terreiros ou tendas de Umbanda é uma grande influencia do catolicismo por isso algumas casas fecham nesse período.
Assim como durante todo o ano trabalhamos ajudando aos irmão encarnados e desencarnados, e, no período da quaresma há tantos espíritos perturbados e precisamos também ajudá-los durante a quaresma.

Para maiores esclarecimento e estudo de nossos irmãos umbandistas deixo um texto retirado do blog Centro Espiritualista Caboclo Pery.


Espero ter ajudado a quem busca e estuda nossa querida Umbanda.

Muita Paz e muito Axé a todos os irmãos e que Oxalá nos abençoe.

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