O Poder da Pemba


– O que é a pemba e para que serve?

PAI VELHO – Pemba era um giz de fabricação especial, obtido através de um rito ou cerimônia. Passava de geração a geração e servia para grafar determinados sinais cabalísticos ou mágicos, com as mais diferentes significações, os quais variavam desde o nome da entidade que os firmava até às ordens astrais, envolvendo as mais diversas classes de entidades. De modo geral, porém, os sinais riscados pela pemba eram para uso de magia.

 – Qual é o verdadeiro valor oculto, ou de imantação, da pemba?

PAI VELHO – Nenhum, pois o valor e a finalidade não estão no giz, e sim nos sinais grafados. O giz comum serve perfeitamente para o fim a que se destina: é inclusive mais barato e econômico.
    A grande quantidade de pembas preconizadas para esse ou aquele fim é pura especulação comercial, sem o mínimo valor cerimonial ou oculto. Risca-se ponto demais. Com pembas ditas de Angola, do Congo, da Costa e de Moçambique. Os pontos autênticos das verdadeiras entidades são raros.
    Sabendo que a magia não está na pemba e sim nos sinais que a entidade firmou, vamos apreciar o assunto em seus menores detalhes.
    O Ponto Riscado, ou a Grafia do Orixá, é uma ordem escrita a uma série de entidades, desde os espíritos da natureza aos Exus e até a espíritos sensíveis às figuras geométricas.
    O ponto completo obedece a sete sinais positivos que o identificam:
A que vibração primordial-forma pertence a entidade: caboclo, preto-velho ou criança;
A que linha pertence, dentro das sete fundamentais;
A falange ou subfalange, bem com o grau hierárquico dentro dos três planos de manifestação: Orixá, do Guia ou do Protetor;
Planeta regente e signo zodiacal;
Cor Fluídica Esotérica;
Elemento que manipula, figura geométrica, corrente cósmica e metal correspondente;
Entidades que comanda, quer as chamadas naturais, humanos ou não e artificais.
     Além desses sinais positivos existem os negativos, ocultos.
    O ponto riscado é a própria história da entidade e dos auxiliares que a acompanham em seus trabalhos. É através dele que também podem ser efetuadas todas as fixações de magia, as ordens a uma série infindável de espíritos, obedecidas religiosamente. Traçado de pemba é coisa muito séria e pode, inclusive, pela leviandade de se riscar pontos sem o mínimo conhecimento, desencadear as mais imprevisíveis forças, às vezes com conseqüências irremediáveis.
    A questão dos pontos é tão importante que todos têm nas palmas das mãos o selo dos Orixás responsáveis pelos destinos de cada um, como dizem os estudiosos da Quiromancia.

O TERREIRO É SUA SEGUNDA CASA!


Deve haver dentro de cada um de nós, a consciência de que a nossa responsabilidade espiritual não se limita a “vestir o branco”, e participar das Sessões Espíritas. Temos que nos mostrar sempre presentes e dispostos a ajudar, colaborando ativamente e financeiramente com a manutenção do nosso Terreiro, - nosso Chão. O Chão que o acolheu! É nosso dever mantê-lo em funcionamento, levando a sério o pagamento de nossa contribuição financeira.

Sem dinheiro, mal podemos nos locomover, não conseguimos pegar um ônibus, comer, ou fazer parte de qualquer atividade social, a menos que essa entidade se auto mantenha, mas mesmo assim, para o Terreiro se manter de pé, alguém estará custeando as suas atividades e as nossas presenças. Quando um Terreiro nos abre as portas para uma sessão de culto e ou uma reunião festiva em louvação aos Orixás, ou mesmo para uma simples consulta espiritual, por mais humilde que seja o templo, esteja certo de que está havendo uma despesa para que essa atividade se realize! E, se somos recebidos gratuitamente, alguém está custeando as despesas para a realização dessa empreitada espiritual. Alguém irá pagar a conta.

A Umbanda não cobra DÍZIMO e nem “mão de obra” pelos trabalhos espirituais realizados nos Templos, que são as Casas dos Orixás, espaços simples e acolhedores, onde com os nossos pés no chão, sentimos a força e a leveza da Energia Espiritual, também constatamos ali, todo o nosso potencial de realização que emana da energia do Terreiro indo além de nossa imaginação.

O fato de não se cobrar o DÍZIMO, não significa ausência de despesas, é claro que não! Sabemos das inúmeras despesas de um Terreiro, dentre elas, luz, água, produtos de limpeza, velas, defumação, bebidas, fumo e outros materiais ritualísticos, além de encargos e cobranças relativas à legalização e contabilidade de um Terreiro!

Tudo isso, sem falarmos de pagamento de alugueres em alguns casos.

Será que o Dirigente Espiritual, o Diretor de Culto, ou Diretora de Culto, deve arcar com essas despesas a fim de fazer valer sua condição de “proprietário” do terreiro”? Serão os Diretores, os maiores beneficiados nos trabalhos espirituais realizados nos Terreiros? Não ! Não é ! O Terreiro é um espaço nosso, e sagrado, ele é um prolongamento da nossa casa. E, o Dirigente Espiritual, em sua Sublime condição de “Médium Dirigente”, ao realizar o seu Trabalho Espiritual em cumprimento de suas Atribuições Cármicas, simultaneamente, ele amenizando o “peso cármico” de cada um dos seus Filhos no Santo, seus afilhados espirituais. O Dirigente Espiritual, literalmente com os pés no chão”, humildemente, cumpre a sua nobre Missão Espiritual, ao mesmo tempo, trabalhando em prol de seu Crescimento Espiritual e de todo o grupo de médiuns e consulentes, pacientemente e generosamente, nos dedicando a maior parte do seu tempo. Por tudo isso e por todo o seu desprendimento, nos impõe o salutar dever Moral e Espiritual de ajudá-lo na condução e manutenção do nosso Templo.

Portanto, deve haver dentro de cada um de nós, a consciência de que a nossa responsabilidade espiritual não se limita a “ vestir o branco”, e participar das Sessões Espíritas. Temos que nos mostrar sempre presentes e dispostos a ajudar sempre, colaborando ativamente e financeiramente com a manutenção do nosso Terreiro, - nosso Chão. O Chão que nos acolheu! É nosso dever mantê-lo em funcionamento, levando a sério também a nossa contribuição financeira.

Na verdade, o Terreiro é uma Grande Família. O sentimento de irmandade, fraternidade, amor e respeito, reinante no seio do Terreiro, constitui a base de um Grande Elo de Corrente Espiritual. Por outro lado, todos nós temos Direitos e Deveres, temos responsabilidades e obrigações uns com os outros, essa consciência grupal faz parte de nosso trabalho espiritual. A generosidade faz parte de nossa elevada missão de Médium.

Sabemos que há muitos irmãos que só procuram o Terreiro, quando necessitam de orientação para seus problemas existenciais, como se procurassem uma clínica médica, um Analista e seu Divã. No Terreiro, ao invés do Divã, sentam no Tosco Banquinho do Preto Velho ou da Preta Velha; contam suas magoas e queixas e, resolvidos os seus conflitos, alguns passam a condição de visitantes costumeiros, e com o passar do tempo, acabam se conscientizando da importância de suas atribuições cármicas e, como Médium em desenvolvimento, passam a fazer parte daquela Família Espírita. Outros, após sanados seus problemas interiores , se ausentam até que surja outro problema. Esses Visitantes eventuais, não conhecem intimamente a importância do exercício da mediunidade, deixam para atrás a oportunidade de fazer parte do convívio daquele Terreiro. Esses visitantes ocasionais desconhecem a verdadeira importância de ser Médium!

Um Médium não fica “parado” ouvindo discursos preconcebidos, baseados em “verdades prontas”. O Médium é um Ser em Evolução Espiritual, buscando a sua própria Verdade. O Médium é um Elo na Escalada Espiritual, contribuindo em suas múltiplas manifestações mediúnicas, para o seu próprio aperfeiçoamento religioso e cultural, indiretamente e dentro de seus limites, contribuindo para o aperfeiçoamento da própria Espécie Humana.



Manoel A. Souza

PARCEIROS

PARCEIROS
Canal Umbanda Jovem

Fale conosco

Nome

E-mail *

Mensagem *